A consolidação da agroindústria no município de Rio Verde, em Goiás, ao longo da última década, impactou positivamente a expansão da construção civil e do comércio, além de atrair novas empresas, gerando mais renda e emprego para a população da região. Trata-se de maior polo agroindustrial no interior do Estado, por isso integra o estudo da Fieg sobre polos industriais, que é lançado hoje (25/05) no município. Acesse publicação na íntegra aqui.
O estudo, que já contemplou Anápolis e Aparecida de Goiânia, identifica e discute os problemas que dificultam a consolidação e a expansão do parque industrial goiano. Trata-se de uma pesquisa de campo com as principais empresas do município, na busca de parâmetros para a Federação, conhecendo seu perfil e necessidades, apoiá-las em recursos humanos, logística, produção e mercado, para se tornarem mais competitivas.A consolidação da agroindústria no município de Rio Verde, em Goiás, ao longo da última década, impactou positivamente a expansão da construção civil e do comércio, além de atrair novas empresas, gerando mais renda e emprego para a população da região. Trata-se de maior polo agroindustrial no interior do Estado, por isso integra o estudo da Fieg sobre polos industriais, que será lançado no município no próximo dia 25 de maio.
O objetivo é oferecer subsídios para o estabelecimento de políticas públicas de apoio às indústrias e para o equacionamento dos problemas identificados como fatores dificultadores da competitividade das empresas goianas, os quais enfraquecem os polos e distritos industriais.
Principais resultados – Levantada a realidade de cada região, o estudo promove pesquisa de campo com suas principais empresas – em Rio Verde, participaram da pesquisa 75 delas, localizadas nos distritos industriais do município – DARV 1 (Distrito Agroindustrial de Rio Verde 1), DARV 2 (Distrito Agroindustrial de Rio Verde 2), Distrito Industrial Cesar Bastos e DIMPE (Distrito de Micro e Pequenas Empresas de Rio Verde). Também foram pesquisadas 9 empresas que não pertencem a nenhum dos distritos, mas que são consideradas importantes para a região. Predominou entre as entrevistadas, empresas de origem goiana (85%), de micro ou pequeno porte (82%), que estão no mercado há mais de 10 anos (45%).
Falta de segurança, burocracia no licenciamento ambiental, deficiência no tratamento de esgoto, problemas com a regularização das propriedades, esses são só alguns dos principais problemas enumerados pelos representantes de empresas instaladas nos distritos industriais do município. Veja o quadro (indicador varia de 1 a 4):
ITENS MENCIONADOS |
GRAVIDADE |
Falta de segurança na área interna |
3,6 |
Burocracia para obter licença ambiental |
3,1 |
Deficiência no tratamento de esgoto do distrito |
3,1 |
Falta de regularização das propriedades |
2,9 |
Faltam portas de acesso para internet |
2,9 |
Deficiência na iluminação pública |
2,9 |
Faltam placas de sinalização |
2,9 |
Insuficiência de suprimento de energia |
2,9 |
Inexistência de informações econômicas sobre o distrito (nº de indústrias, de empregados, aquisição de insumos, importação, exportação, etc) |
2,6 |
Deficiência no abastecimento/qualidade dos serviços de abastecimento e tratamento de água no distrito |
2,5 |
Irregularidade e falta de qualidade no transporte coletivo de acesso ao distrito |
2,5 |
Deficiência no asfalto |
2,3 |
Faltam portas de acesso para linhas telefônicas |
2,3 |
Alto valor cobrado no IPTU para as indústrias instaladas no distrito |
2,2 |
Em relação à perspectiva de variação no quadro de funcionários, 82% das empresas preveem estabilidade em 2016. Para a maioria das empresas pesquisadas (87%), a falta de pessoal treinado é o maior problema enfrentado no recrutamento e seleção de novos trabalhadores. Quando o assunto é investimento em qualificação dos trabalhadores, a principal dificuldade das empresas reside na falta de interesse dos funcionários, seguido do alto custo da capacitação e depois da alta rotatividade dos funcionários.
Grande parte das empresas pesquisadas (76%) informou possuir plano de investimento para os próximos 3 anos. Destas, 41% informaram que têm projetos, mas os mesmos foram adiados em função da atual conjuntura econômica do País.
Ações para desenvolver os distritos industriais – A pesquisa também abordou caminhos para o desenvolvimento dos distritos. Foram apresentados dez itens para que, vislumbrando o desenvolvimento dos Distritos Industriais de Rio Verde, os entrevistados indicassem o grau de prioridade de cada um (o indicador varia de 1 a 10). Na opinião dos empresários, a prioridade é a coleta e tratamento de esgoto.
DESCRIÇÃO |
PRIORIDADE |
Coleta e tratamento de esgoto |
7,8 |
Telefone móvel |
7,3 |
Transporte coletivo |
6,6 |
Segurança no distrito |
6,0 |
IPTU |
5,9 |
Capacitação |
5,6 |
Fornecimento de água |
5,3 |
Fornecimento de energia |
5,2 |
Licença ambiental |
4,3 |
Monitoramento das demandas – Para o lançamento do estudo, no dia 25 de maio, em Rio Verde, foram convidadas autoridades e instituições, como Celg, Saneago, Prefeitura de Rio Verde, entre outros, que poderão contribuir para a solução das demandas colocadas. Após apresentação das reivindicações, um grupo local liderado pelo Sindicato da Indústria Metalúrgica, Mecânica e de Material Elétrico do Sudoeste Goiano (Simesgo) fará monitoramento das ações, a fim de equacionar os problemas identificados.
Sobre a pesquisa – O estudo foi realizado em três etapas, sendo uma caracterização geral do Polo de Rio Verde, mediante a coleta de informações secundárias, disponíveis em fontes oficiais e recolhidas pela Fieg e outras duas pesquisas primárias: sendo uma qualitativa, onde foram realizadas entrevistas individuais e grupos focais (workshop) com presidentes dos sindicatos e/ou empresários para conhecer as necessidades e expectativas em relação ao seu empreendimento. Esta etapa subsidiou a realização da pesquisa quantitativa, que abordou aspectos, como: perfil das empresas, recursos humanos, comercialização, meio ambiente entre outros.
Senai investe R$ 9 milhões em Rio Verde – Diante do desafio de acompanhar a evolução desse grande e diversificado parque agroindustrial, sobretudo pela força do agronegócio, a Unidade Integrada Sesi Senai Rio Verde (foto acima) passou por ampla expansão de sua estrutura física, que permitirá dobrar a capacidade de atendimento, elevando o número de matrículas de 6 mil para 12 mil por ano em seus diversos cursos de qualificação profissional.
Com investimento em torno de R$ 9 milhões, a unidade estabeleceu parcerias técnicas com fabricantes de máquinas e implementos agrícolas, ampliou oficinas, laboratórios e salas de aula. Os novos ambientes serão entregues às indústrias e comunidade no dia 25 de maio, data alusiva ao Dia da Indústria. Nessa reestruturação, novos parceiros foram importantes, colaborando na disponibilização de equipamentos, a exemplo da ZF do Brasil, Case Agriculture, Jacto e NSK Rolamentos. “A modernização visa reforçar os serviços que já prestamos e investir pesadamente no setor de agroindústria, além de incrementar as atividades voltadas para as áreas de metalmecânica e eletrotécnica”, explica o diretor do Sesi Senai Rio Verde, Hélio Santana.
Na ocasião, a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) lança o estudo dos Polos Industriais de Rio Verde, o terceiro de série, que já havia contemplado Anápolis e Aparecida de Goiânia. O novo diagnóstico identifica e discute problemas no parque industrial do município, abordando questões sobre recursos humanos, logística, produção e mercado. A iniciativa visa ampliar a competitividade das empresas da região.
Histórico - O Senai está presente no Sudoeste desde 1976, quando foi implantado o pioneiro Centro Regional de Treinamento do Sudoeste, em parceria com a prefeitura. Em 1998, igualmente em parceria com a administração municipal, o pequeno centro deu lugar à Escola Senai Fernando Bezerra.
Em 2006, a integração das atividades com o Sesi otimizou recursos, potencializou a capacidade de serviços e melhorou o atendimento às indústrias de Rio Verde e municípios vizinhos, como Acreúna, Santa Helena, Cachoeira Alta, Caçu, Perolândia e Chapadão do Céu. Gradativamente, as instituições ampliaram a atuação na região com a implantação de unidades integradas em Quirinópolis, Mineiros e agora Jataí, que também são frutos de parcerias com a iniciativa privada e o poder público.
Indústria e comunidade são atendidas com diversas atividades integradas de educação profissional e ensino básico, saúde e qualidade de vida, esporte e lazer, além dos programas Atleta do Futuro, Ginástica na Empresa e Educação de Jovens e Adultos. Os principais setores atendidos são os de metalmecânica, eletricidade, automotivo, sucroenergético, costura, e indústrias de alimentos e de fabricação e manutenção mecânica.