A expectativa para 2016 é de superação
A indústria têxtil é responsável pela transformação de fibras em fios, de fios em tecidos e de tecidos em peças de vestuário, artigos têxteis para o lar e uso doméstico (roupa de cama e mesa, tapetes, cortinas etc.) ou em artigos para aplicações técnicas (produtos geotêxteis, airbags, cintos de segurança etc.). O processo têxtil é muito diversificado, algumas indústrias podem possuir todas as etapas do processo de produção como fiação, tecelagem e beneficiamento, ou apenas atuar em um desses processos. Há ainda os processos de produção intermediários, como por exemplo: engomadeira ou engomagem. A indústria têxtil possui também setores administrativos, manutenção e apoio e pertence à cadeia produtiva têxtil, cujo início se encontra nos produtores de matérias-primas (algodão e demais fibras), insumos (corantes têxteis, pigmentos têxteis, produtos auxiliares etc), e nos fabricantes de máquinas e equipamentos têxteis. A mesma encerra-se no comércio de venda final ao consumidor.
Em Mato Grosso do Sul há atualmente 400 estabelecimentos do ramo têxtil, responsáveis pela geração de aproximadamente oito mil postos de trabalho. A arrecadação anual apresenta saldo positivo de expansão. Em 2015 foram arrecadados mais de R$ 8 bilhões, meta que deve ser superada no final de 2016.
A cadeia têxtil é uma das mais complexas entre as categorias de transformação pela diversidade de etapas envolvidas, e sabemos da grande importância que o têxtil tem em nossas vidas, pois tudo esta ligado a ele. O vestir, usar, enfeitar, servir, seja lá qual a conjugação em todos os tempos o têxtil será sempre de extrema serventia. Por isso, nada mais justo do que o Dia do Têxtil, celebrado em 21 de abril, fazer parte do calendário internacional.
A indústria têxtil no mundo
A manufatura dos tecidos é uma das mais velhas tecnologias do homem. Desde o Antigo Egito, já se utilizava o tear antigo. Existiam dois tipos: o tear de Circe e o tear de Penélope, que pode ser vistos nas pinturas gregas. Naquela época, existia uma certa dificuldade em achar matéria prima, por este motivo existia um variado cultivo de fibras, como linho, algodão, seda e lã.
O cultivo do linho se desenvolveu nas costas da Suécia e simultaneamente, nas margens do Rio Nilo. Enquanto o algodão veio da Índia. A produção de seda foi descoberta por Aristóteles e levada a Europa por padres, já a lã veio dos estepes da Ásia Central e chegou até a Inglaterra.
No Brasil
A indústria têxtil foi uma das pioneiras no processo de industrialização no Brasil. Porém antes mesmo da chegada dos portugueses, os índios já praticavam atividades artesanais, utilizando de técnicas bem primitivas, como o entrelaçamento de manual de fibras vegetais, o que tinha várias finalidades, uma delas era a proteção corporal.
No período colonial, todas as fábricas de tecidos foram fechadas, devido a um alvará de Dona Maria I, exceto as que produziam as roupas para escravos e embalagens. Este alvará tinha como objetivo evitar que agrícolas e extrativistas fossem para as industrias têxteis. O mesmo foi revogado com a chegada de Dom João VI. Porém devido a um tratado entre Portugal e Inglaterra, os tecidos brasileiros não conseguiam competir com os tecidos ingleses.
A automação da indústria têxtil coincidiu com a Revolução Industrial, quando as máquinas, até então acionadas por força humana ou animal, passaram a ser acionadas por máquinas a vapor e, mais tarde, motores elétricos. É interessante observar também que a indústria têxtil foi pioneira no controle de máquinas por dispositivos binários, através dos cartões perfurados usados nos teares Jacquard.