Brasília sediou, na quinta-feira (17/8) o 1º Encontro Regional de Construção a Seco do Centro-Oeste - Light Steel Framing, no auditório da Finatec, no campus da Universidade de Brasília. A iniciativa foi um convite aos profissionais de disseminar um sistema que promove um salto tecnológico na construção civil brasileira por meio da tecnologia do aço galvanizado.
Estiveram reunidos, durante todo o dia, engenheiros, arquitetos, construtores, técnicos, tecnólogos, entidades de classe, estudantes e representantes da indústria que puderam conhecer tecnicamente o sistema construtivo de Light Steel Framing.
O 1º vice-presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), Elson Ribeiro Póvoa, destacou a importância da realização desse evento na região Centro-Oeste. “A construção em Steel Frame não é uma novidade porque a tecnologia em aço vem há séculos, largamente aplicada e com muito sucesso principalmente na América do Norte, mas precisa ser incentivada no Brasil”, afirmou Póvoa.
O sistema Light Steel Framing é uma modalidade construtiva a partir do aço galvanizado e representa, hoje, uma alternativa para o setor, trazendo novas soluções e oportunidades. São estruturas que não utilizam tijolo ou cimento. Essas características do sistema construtivo resultam em obras rápidas, edificações seguras, ausência de resíduos, baixo impacto ambiental, controle do orçamento, organização do canteiro e desperdício próximo do zero.
O 1º Encontro Regional de Construção a Seco do Centro-Oeste contou com uma programação variada com palestras que abordaram temas como tecnologia, industrialização e sustentabilidade, conceito e boas práticas no mercado brasileiro, aço galvanizado e a vida útil das estruturas, normas de desempenho para o sistema Light Steel Framing, viabilidade técnica dos projetos em LSF, entre outros tópicos.
Entre os principais avanços dessa tecnologia, no Brasil, nos últimos anos, está o desenvolvimento da cadeia de fornecedores, que passou por um importante aperfeiçoamento. A diretora oficial do evento, professora Raquel Blumenschein, coordenadora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, reforçou o quanto as mudanças que o país vem passando exigem alterações na forma de trabalhar a construção.
"Temos mudanças geopolíticas, naturais e climáticas em todo o mundo que vêm causando uma exigência de mudar a maneira de produzir o ambiente construtivo. É o momento de aprofundarmos nos critérios e justificativas de porquê optamos pela construção industrializada nesse cenário. Momentos como esse são muito importantes para profissionais, alunos e empresas”, afirmou Blumenschein.
Qualificação
De acordo com Luana Carregari, idealizadora do evento, a proposta é promover e difundir a tecnologia, o desempenho e a resistência do sistema LSF em Brasília. O vice-presidente da Fibra acredita que a tecnologia vai avançar bastante, pois o país precisa progredir nessas inovações tecnológicas. “Nós – do Sistema Fibra - estamos fazendo nossa parte em qualificar as pessoas para trabalhar com esse método e eu acredito que, em breve, estaremos com grandes construções horizontais e verticais feitas com essa tecnologia”, declarou Póvoa.
A qualificação citada pelo vice-presidente trata-se dos cursos ofertados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF) que já trabalha na disseminação desse sistema por meio dos cursos, cumprindo uma de suas missões que é promover a formação e a capacitação profissional do trabalhador da indústria. Atualmente, por exemplo, três turmas de processo de construção a seco – steel frame estão com matrículas abertas na unidade do Senai Taguatinga.
Em paralelo ao ciclo de palestras do Encontro, foi realizada uma exposição de fornecedores da construção industrializada que apresentou ao público seus produtos e serviços. O Senai-DF expos todo o escopo de cursos disponíveis para qualificação dos profissionais da indústria da construção civil, especialmente, na área de steel frame.
Para outras informações, entre em contato com o SAC do Sistema Fibra, pelo telefone: (61)4041-6565.