A Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) recebeu, nesta manhã (9), representantes da Embaixada de Cuba no DF. A conselheira Econômico-Comercial da Embaixada, Dagmar Gonzáles, e o oficial do Gabinete Econômico-Comercial, Juan Francisco Noyola, estiveram na entidade para discutir possíveis parcerias econômicas entre os dois países.
A dupla foi recepcionada pelo diretor-secretário da Federação, Paulo Eduardo Montenegro, e pelo diretor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Graciomário de Queiroz. Na ocasião, foi apresentado o Perfil da Economia do DF, com informações socioeconômicas e geográficas referentes a critérios como o produto interno bruto (PIB), mercado de trabalho, vantagens competitivas e oportunidades de investimento no DF.
De acordo o diretor-secretário, a Federação tem grande interesse em desenvolver parcerias comerciais com países mais próximos e que tenham potencial mercado consumidor: “Nossos segmentos industriais podem atender a diversas demandas, como na área do vestuário, do mobiliário e da alimentação”.
Outro setor que chamou a atenção dos representantes de Cuba foi o da construção civil. Para Dagmar Gonzáles, o DF pode auxiliar na disseminação de novas tecnologias no país. “Esta área é uma prioridade para Cuba. Queremos aumentar a eficiência dos nossos projetos e diminuir o tempo de construção. Temos interesse tanto em relação ao comércio quanto na imersão de conhecimento.”
Ao fim do encontro, ficou acordada a criação de uma agenda de relacionamento para discutir e desenvolver ações em conjunto.
Balança comercial de Cuba
Em 2017, a República de Cuba ocupou a 128° posição no ranking mundial de exportações, registrando o total de US$ 2,8 bilhões no ano – crescimento de 13,8% quando comparado a 2016. Em importações, o país alcançou US$ 10,8 bilhões, valor 5,45% maior do que o total importado no ano anterior. Os principais produtos importados por Cuba são: petróleo, veículos, plásticos, combustíveis minerais e máquinas e equipamentos elétricos e mecânicos, sendo que a maior parte deles é de origem chinesa (26%) e espanhola (14,8%).
As importações para Cuba com origem no Brasil representaram, em 2017, US$ 346,3 milhões, valor 7,75% maior do que quando comparado com o ano anterior. Entre os produtos mais comercializados estão pedaços e miudezas de galos/galinhas, óleo de soja, bagaço de soja, milho em grãos, arroz, enchidos de carne e carne de galos/galinhas.
Já as importações brasileiras provenientes de Cuba registraram o total de US$ 19,7 milhões em 2017 – 64,2% menor do que em 2016. Destacam-se aqui os produtos semimanufaturados de ferro, charutos, cigarros, óxidos de níquel, outros reagentes de laboratório, produtos imunológicos, rum e outros matérias minerais.
Texto: Aline Porcina
Fotos: Cristiano Costa
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra