Mais de 90% das empresas industriais de Roraima já tiveram queda no faturamento desde o agravamento do novo coronavírus no Estado, sendo que 66% delas tiveram queda no faturamento acima de 30%. É o que aponta um levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Roraima (Fier) com 50 empresas de 15 segmentos industriais no dia 25 deste mês.
A intenção das empresas é manter a empregabilidade. Mas se não houver mudança de cenário, estima-se que pode haver uma queda de 34% dos 9.030 empregos diretos gerados, o que corresponde a 3.031 demissões, sendo a construção civil o setor mais afetado, que poderá vir a desligar 2.245 trabalhadores. Nos demais setores da indústria local, a previsão é de cerca de 786 desligamentos.
Entre as empresas consultadas, 94% já registram impactos negativos em função da paralisação decorrente das medidas preventivas ao coronavírus, sendo que mais de 60% classificam este impacto como sendo de alta escala. E a tendência para a maioria delas – 76% – é que o cenário piore nos próximos três meses, uma vez que estão sem produzir ou comercializar seus produtos.
Dentre os possíveis impactos nas empresas, 60% terão dificuldade em pagar os salários; 58% terão dificuldade em cumprir as obrigações acessórias e recolher impostos; 56% terão dificuldades de capital de giro.
Para evitar ou reduzir os impactos causados pelo coronavírus, 64% das empresas buscaram a renegociação de dívidas. Quanto às relações de trabalho, 34% reduziram a carga horária e 28% adotaram o teletrabalho ou home office para funções específicas.
Fonte: Correio do Lavrado