A indústria brasiliense segue em recuperação lenta e gradual. Segundo a última Sondagem Industrial do Distrito Federal, a produção do setor alcançou 53,4 pontos em fevereiro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a produção industrial cresceu 7,7 pontos.
A utilização da capacidade instalada das empresas chegou a 67%. O resultado de fevereiro foi o melhor para o mês desde 2015, quando o nível registrado foi de 61%. Nesse período, a crise econômica começou a derrubar os números da indústria brasiliense, e a recuperação só teve início na segunda metade de 2017.
Apesar de a ociosidade do parque industrial ter diminuído no último ano, o índice de emprego mostra queda há três meses consecutivos — não ultrapassa a linha de 50 pontos desde dezembro passado. Mesmo negativo em fevereiro (46,9 pontos), ficou estável em relação ao mês anterior (46,4 pontos).
A coleta de dados para a pesquisa foi de 1º a 19 de março. Em relação às expectativas para o período de abril a setembro, os industriais entrevistados responderam que esperam aumento da demanda e do emprego: o indicador de demanda passou de 63 para 66,5 pontos e o de emprego, de 54,9 para 59,3. A intenção de investimentos, no entanto, recuou de 43,4 para 40,4.
A Sondagem Industrial do DF é realizada mensalmente pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) e pelo Instituto Euvaldo Lodi do DF (IEL-DF), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Indústria da construção
O indicador que mede o nível de atividade no segmento industrial mais significativo do DF atingiu 47,6 pontos em fevereiro — aumento de 3,3 pontos em relação ao mês anterior.
A construção civil operou com 50% da capacidade operacional em fevereiro, 3 pontos percentuais a mais que em janeiro. Já o indicador de empregos ficou em 46,4 pontos.
A intenção de investimentos registrou aumento, após dois meses de queda, e marcou 30,4 pontos em março. As expectativas para o nível de atividade ficaram em 66,4 pontos e, para o número de empregados, em 66,2.