Inteligência artificial, drones, robôs, impressões em 3D, uso de sensores, automação, nanotecnologia, biotecnologia, fontes alternativas de energia: esses termos estiveram presentes na maior parte das palestras do 7º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, promovido nesta semana pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Sebrae, em São Paulo. Um novo modelo de economia, fortemente estruturado na digitalização, assim como novos tipos de relações de trabalho e o crescimentos das startups aparecem como grandes oportunidades - ou grandes riscos - para o futuro da indústria no Brasil e no mundo.
O risco é ficar no mesmo lugar, paralisado pelo receio da mudança. E as oportunidades vêm com o crescimento exponencial da capacidade de processamento, armazenamento e tráfego de dados, por exemplo, além da evolução e popularização de recursos tecnológicos até pouco tempo inimagináveis, como as impressoras 3D e os drones.
Ainda que Mato Grosso engatinhe em questões estruturais, como o gargalo da logística, o alto custo da energia e a insegurança jurídica, manter os olhos no futuro e se adiantar às mudanças é necessário. "Cada vez mais, a competitividade só será possível na medida em que as empresas estiverem atentas à qualidade da gestão e à inovação. Ficar agarrado ao que já funcionou no passado por receio poderá significar a morte de uma empresa", comenta o presidente do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), Jandir José Milan.
Ele liderou uma delegação de Mato Grosso ao evento, composta por 32 pessoas, incluindo presidentes de sindicatos empresariais da indústria e gestores do Sistema Fiemt. "Fizemos questão de levar esse grupo ao congresso para permitir o acesso dos nossos empresários ao que há de mais inovador na indústria mundial. Isso é parte do nosso papel de fomentar o fortalecimento da indústria para o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso", destaca.
Para o presidente do Conselho Temático de Inovação, Silvio Rangel, a chance de conhecer as novas tendências mundiais da tecnologia e inovação abre o campo de visão e de conhecimento para o alinhamento de políticas para as indústrias de Mato Grosso, em consonância com as instituições da academia e setor público. "Podemos imaginar que estamos distantes de algumas inovações, mas ao mesmo tempo, em alguns pontos já podemos fomentar a indústria 4.0. Cabe um planejamento estratégico para inserirmos algumas tecnologias e inovações nas indústrias de Mato Grosso, estabelecendo uma visão de futuro. As transformações são aceleradas e precisamos estar orientados para este foco", comenta.
A diretora do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai MT), Lélia Abadio Brum, também destacou a ampliação da visão e a possibilidade de rever conceitos propiciadas pela participação no congresso. "A transformação da tecnologia está em plena revolução. A capacidade de inovar no ecossistema externo vem da indústria. O Senai MT tem o desafio de capacitar trabalhadores que não são da geração tecnológica para inseri-los no mundo digital e tem um vasto campo de atuação e contribuição à indústria. O que despertou a nossa atenção foi a inteligência artificial na conexão das tecnologias, o aumento de escala considerando a maturidade dos negócios e crescimento exponencial das empresas", enumera.
Já o superintendente do Serviço Social da Indústria (Sesi MT), José Luiz Méa, destaca a o aumento da competitividade como um dos grandes benefícios da inovação. "Hoje, investir em inovação é fundamental para qualquer indústria se destacar no mercado cada vez mais competitivo. Sem dúvida a participação do Sistema Fiemt, juntamente com os nossos diretores e empresários de Mato Grosso, faz com que possamos obter grandes trocas e ganhos com maior velocidade", afirma.
Para o superintendente da Fiemt e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Mauro Sérgio Santos, "o congresso trouxe ao empresariado a certeza de que o caminho para gerar valor é a inovação, de uma forma clara, simples e de fácil entendimento. Especialistas mundiais em inovação contribuíram com clareza sobre as tendências, modelos de negócio, criações disruptivas e investimento no ser humano, fatores fundamentais no processo de inovação", conclui.
Veja aqui os nove destaques do 7º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria.
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