Um dos principais papéis da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é defender os interesses da indústria nacional. E é justamente o que a entidade tem feito desde que foi criada, em 12 de agosto de 1938. Levantamento da CNI mostra a importância desse trabalho: em 2016, 60% das propostas consideradas prioritárias pelo setor em tramitação no Congresso Nacional estavam com andamento convergente ao que era defendido pela indústria.
Para defender pontos que facilitarão os negócios e derrubarão barreiras comerciais, é preciso construir prioridades. Por isso, a CNI mantém um processo contínuo de consulta às bases – federações de indústrias, sindicatos e associações industriais e empresários – por meio de fóruns, conselhos empresariais e redes de relacionamento que promovem o debate e a pluralidade de ideias.
Depois de ouvir as necessidades do setor industrial, é hora de traduzir essas melhorias para o Poder Público. Tudo para que elas possam impactar, efetivamente, a rotina das empresas. Um dos principais documentos direcionadores da atuação da CNI é o Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, que aponta o caminho a ser percorrido pelo Brasil e pela indústria até 2022 para crescer de forma sustentada. O mapa encontra-se atualmente em fase de revisão e deve balizar as ações da CNI para o período 2017-2022, período que abrange o próximo governo.
Construído pela CNI com base em debates e contribuições de 520 empresários, executivos, presidentes de associações nacionais setoriais e federações estaduais de indústria, o documento identifica dez fatores-chave para a competitividade brasileira: educação, ambiente macroeconômico, eficiência do estado, desenvolvimento de mercados, segurança jurídica e burocracia, infraestrutura, tributação, relações de trabalho, financiamento e inovação e produtividade. Para acompanhar o desempenho do país em cada um dos fatores-chave, a CNI estabeleceu metas para 45 indicadores, cuja evolução mostra se a economia brasileira está na trajetória desejada pela indústria. Veja abaixo como está o andamento das metas traçadas no Mapa:
Brasil está distante das metas do Mapa Estratégico
O Mapa Estratégico é base para as propostas estabelecidas nas agendas produzidas pela CNI, documentos que permitem à entidade ter um diálogo transparente e qualificado com parlamentares e representantes do Poder Judiciário e Executivo. Anualmente, a CNI produz quatro agendas: a Legislativa, a Jurídica, a Internacionale a do Poder Executivo. Elas enumeram todas as pautas mais pertinentes ao setor e são direcionadas aos públicos de interesse.
Esses documentos são ferramentas importantes no processo de defesa dos interesses do setor por levarem a atores dos três poderes da república conceitos e problemas complexos enfrentados pelas empresas explicados de forma clara e simples. Isso permite que a compreensão seja mais rápida e, consequentemente, as soluções caminhem com celeridade. Para a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg, esse processo de articulação e influência com as diversas esferas de governo é legítimo e visa a melhorar o ambiente de negócios e elevar a competitividade da indústria e do Brasil. “A CNI busca consensos junto à base industrial e, em negociações com o governo, apresenta dados e informações embasadas que apontam caminhos em prol do desenvolvimento social e econômico do país”, afirma Messenberg.