A fabricação de um produto é um processo que envolve uma série de custos. São gastos com pessoal, energia e compra de insumos. Além disso, há os custos com impostos e com o capital de giro. Todas essas despesas formam o Indicador de Custos Industriais, um estudo trimestral da CNI, que mede a evolução dos gastos da indústria de transformação brasileira com a produção dos bens. O estudo mostra que, no segundo trimestre, o indicador caiu 1,1% na comparação com os três primeiros meses do ano. Foi a primeira queda do indicador desde o terceiro trimestre de 2014.
O Indicador de Custos Industriais é um termômetro da capacidade da indústria brasileira de competir nos mercados interno e externo. Por exemplo, quando os custos da indústria brasileira sobem mais do que os preços dos produtos importados, aumentam as dificuldades para as empresas nacionais venderem sua produção.
Os componentes do Indicador de Custos Industriais são:
1. Custos de Produção
O índice é a média da evolução dos gastos envolvidos diretamente na produção do bem. O Índice de Custo com Pessoal considera o rendimento médio dos trabalhadores do setor. O Índice de Custo com Bens Intermediários representa a média ponderada de preços dos insumos nacionais e importados. O Índice de Custo com Energia é a combinação de custos da energia elétrica e do óleo combustível.
2. Índice de Custo com Capital de Giro
O indicador é calculado a partir dos juros cobrados nos empréstimos bancários para capital de giro, os recursos necessários para as empresas pagarem as despesas do dia-a-dia.
3. Índice de Custo Tributário
O indicador é calculado com base no pagamento de três tributos: o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a Contribuição à Seguridade Social (CSS). Como se deseja trabalhar com o custo unitário, o total recolhido desses tributos foi dividido pelo produto industrial.