Desafios, demandas por serviços e soluções em Tecnologia da Informação e Comunicação foram alguns dos temas da 2ª edição do Conexão TIC: Petróleo e Gás, que aconteceu na sede do Sistema FIRJAN, no dia 8 de dezembro. Promovido pela Federação, em parceria com o Sinditec, o evento contou com palestras e debates e proporcionou a troca de informações e apresentação das necessidades técnicas do setor.
No início do encontro, foi assinado um Memorando de Entendimento entre a FIRJAN, o Sinditec e a Sociedade de Usuários de Informática e Telecomunicações do Rio de Janeiro (Sucesu-RJ), com o objetivo de promover a cooperação entre as entidades para intensificar a atuação do setor fluminense de TI.
Big Data e armazenamento de informações em nuvem
Nas palestras sobre tendência e aquisição de soluções em TIC, empresas de exploração e produção de petróleo e gás apresentaram projetos e negócios que exigem o fornecimento de serviços e produtos. Líder de TI da Statoil Brasil, Breno de Moura Spagnuolo Gomes frisou a importância da implementação de sistemas de computação em nuvem e Big Data (vasto conjunto de dados armazenados).
“São vários desafios. Big Data é uma solução que agrega muito valor, mas traz uma complexidade grande e adiciona custo. Por isso, precisamos retirar valor dessas soluções para os negócios prosperarem”, destacou Breno.
Em seguida, o gerente de TI da Petrogal, Lúcio Anjos, reforçou a necessidade de planejamento estratégico e operacional a partir dos novos sistemas. Parceira da Petrobras, a empresa tem 10% de participação na exploração do pré-sal na Bacia de Santos.
“Passamos por um processo de reestruturação da empresa, pois estamos na Era da Internet das Coisas e precisamos estar preparados. Estamos com olhos voltados para o armazenamento de informações em nuvem. Em 2016, já começamos um projeto de mobilidade, com wi-fi corporativo”, informou o gerente.
Custo estratégico em TI
Na ocasião, o gerente de TI da SBM Offshore, Rogério Pitzer, apontou desafios globais e locais para o setor, como a redução de custos e realocação de recursos. Ao ressaltar que a Tecnologia da Informação deve ser vista como custo estratégico, o dirigente explicou que a maioria das empresas ainda tem a visão distorcida sobre o valor da tecnologia na atualidade.
“Temos o desafio de mostrar como a TI pode ser uma grande parceira das outras áreas da empresa, como RH e engenharia. Hoje nosso setor é essencial para as estratégias de negócio da empresa”, argumentou Rogério.
Para o diretor de TI da Schlumberger Brasil, Leonardo Toco, o planejamento das empresas deve visar inovação de produtos e serviços e avaliar o impacto no negócio. Ele explicou que, além de tecnologia, também é necessário o investimento em confiabilidade em ferramentas e operações, eficiência e integração.
“Existe uma gama enorme de possibilidades na área, tanto internamente quanto em parcerias externas para trabalhar essa transformação no dia a dia do negócio. Os projetos locais devem se basear em ERP (sigla em inglês para Planejamento de Recurso Corporativo), fabricação e manutenção de softwares, além de consultorias e Business Intelligence”, direcionou o diretor.
Já Silvia Lescano, responsável de TI no Brasil da empresa Tenaris, fornecedora da cadeia produtiva petrolífera, acredita que os principais desafios devem estar voltados para a redução de custos e o desenvolvimento de projetos de eficiência e produtividade.
“A organização precisa estar orientada a adicionar valor para nossos clientes. Por isso, combinamos alguns conceitos importantes para a evolução dos negócios: transparência, responsabilidade, diversidade, flexibilidade, dentre outros,” pontificou.