Os sindicatos que representam a indústria em Rondonópolis e Região Sul de Mato Grosso vão protocolar um documento com reivindicações e sugestões ao poder público municipal para contribuir com a elaboração do novo Plano Diretor do município. A decisão foi anunciada após reunião entre presidentes e diretores do Sindicato das Indústrias da Construção da Região Sul de Mato Grosso (Sinduscon-Sul/MT), Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico da Região Sul de Mato Grosso (Sindimec-Sul/MT) e o Sindicato das Indústrias da Alimentação da Região Sul de Mato Grosso (Siar-Sul/MT) com o secretário municipal de Habitação, Roberto Carlos Correa de Carvalho.
Segundo o secretário, o decreto que cria a Comissão de Desenvolvimento Urbano de Rondonópolis (Codeur) já foi assinado, ela será responsável por conduzir os trabalhos relacionados às mudanças. Durante a reunião, ficou definido ainda que além das sugestões, os sindicatos patronais também vão encaminhar os nomes do titular e do suplente que vão fazer parte da Codeur.
De acordo com o presidente do Sinduscon-Sul/MT, Vagner Gasbarro, a ideia é protocolar o documento ainda esta semana. “Muitas questões já temos discutido e sabemos que quanto antes apresentarmos o documento mais agilidade terá o processo. É um momento importante para o empresariado, mas mais ainda para a cidade”, disse.
Conforme o decreto, a composição será feita com 40% de representantes do poder público e 60% por representantes da sociedade civil organizada. No caso da indústria serão apresentados dois nomes para representar toda a cadeia industrial.
Para o presidente do Sindimec-Sul/MT, Álvaro Fruet, há várias questões a serem abordadas até a finalização do novo plano. “Queremos ser ouvidos, pois hoje representamos mais de 2 mil empresas. Somos responsáveis por fazer a economia do município gerando milhões de reais. Vamos formalizar por meio de um documento as questões que consideramos de suma importância para o desenvolvimento de Rondonópolis”, afirmou Fruet.
Segundo o presidente do Siar-Sul/MT, Rafael Vilela ,um dos principais pontos a serem apresentados pelo sindicato será a necessidade de que empresas que vierem se instalar em Rondonópolis assumam o compromisso de investimento social, ou seja, que seja cobrada uma contrapartida das mesmas.
A comissão tem o prazo de oito a 12 meses para elaborar o Plano Diretor. Durante esse processo, poderá ser criado o Conselho de Desenvolvimento de Rondonópolis, segundo informação do secretário de Habitação. Desde 2006 não há mudanças no documento, pela lei isso deve ser feito a cada 10 anos, ou seja, o prazo vai até o ano que vem.
O secretário reforçou durante a reunião que o Plano Diretor é uma ferramenta que orienta o desenvolvimento e crescimento do Município com a formulação de regras e análises do andamento da cidade. Para a revisão e alteração é preciso realizar um raio-x da situação local, analisando o acesso da população aos serviços urbanos e à moradia, garantindo o bem estar da população.
Para auxiliar na formulação do novo Plano Diretor Municipal, a Companhia Ambiental de Curitiba foi cedida, sem nenhum custo para o Município, pela América Latina Logística - ALL a título de compensação em função dos impactos que o empreendimento tem sobre a cidade.