Higiene e Cosméticos - Setor gera 4,5 mil empregos diretos
04/11/2014
Por: Diário de Aparecida do dia 27/10/2014
Setor gera 4,5 mil empregos diretos
Em sintonia com a tendência nacional, um ramo da economia goiana vem despontando no cenário brasileiro: a indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC). Com 128 empresas instaladas em Goiás, o setor gera 4,5 mil empregos diretos, colocando o Estado em sétimo lugar no ranking nacional em termos de produção. Goiás é responsável por 8% do faturamento nacional e cerca de 65% a 70% das indústrias goianas de HPPC estão em Aparecida.A maioria das empresas em Aparecida de Goiânia está localizada próximo à Avenida São Paulo. Com a criação do Polo dos Cosméticos, que será viabilizado para APL (Arranjo Produtivo Local) da Região Metropolitana,esse percentual ficará próximo aos 80%. Grande parte da produção goiana é consumida dentro do Brasil,entretanto, já existem grandes, médias e, mais recentemente, pequenas empresas exportando para a Colômbia, seja via distribuidores ou joint-venture com empresas locais da Colômbia e de Angola.
De acordo com o Sindicato das Indústrias Químicas do Estado de Goiás (Sindquímica), o faturamento bruto do ramo chegou a R$ 16 bilhões em 2013, valor que deve alcançar R$ 20 bilhões em 2014 e R$ 22 bilhões em 2015. A indústria de HPPC em Goiás vem crescendo numa média de 10% ao ano, segundo aponta o Sindquímica. A entidade acredita ainda que em breve Goiás irá conquistar mais posições no ranking nacional, tanto em volume de produção quanto de faturamento. O presidente do Sindquímica, Jaime Canedo, informa que, em número de empresas, Goiás (128) fica logo atrás do Rio Grande do Sul (177).“Porém, o aporte aqui de grandes empresas nos faz estimar que estamos entre os sete maiores produtores de cosméticos do Brasil e que a quarta posição é factível de ser comprovada em breve, com a ampliação do parque fabril e volume de produção e negócios. Os próximos quatro anos serão importantes para se realinhar o cenário de ranking de produção e faturamento”, aposta Canedo.O Sindquímica aposta que Goiás oferece alguns atrativos à instalação de empresas do ramo, desdecondições geográficas e climáticas a incentivos do governo do Estado, do próprio sindicato e do Sistema S.
Jaime Canedo informa ainda que o Sindquímica oferece apoio para viabilizar questões institucionais e, em breve, firmará convênio de parceria técnica com a Universidade Federal de Goiás (UFG). Já o Sesi e o Senai contribuem com educação e formação de mão de obra. O Sebrae também apoia as pequenas e microempresas com formação e orientação. O presidente do sindicato destaca ainda os incentivos oferecidos pelo governo estadual.
Projetos na área originaram 1.470 postos de trabalho no Estado
O governo de Goiás conta com iniciativas de apoio à indústria de HPPC. De acordo com a Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), o setor teve aprovados 28 projetos pelo Produzir, entre 2000 e 2013, que totalizaram um investimento fixo de R$ 75 milhões na economia goiana. Estes projetos são responsáveis pela geração de 1.470 postos de trabalho no Estado. O Produzir é o principal programa de incentivos. Por meio da iniciativa, a empresa tem um desconto real de 63% dos ICMS devido. A cada 12 meses, o empresário é obrigado a pedir a quitação do valor devido no período para a SIC. Conforme o decreto 5.265/2000, alguns fatores de desconto podem incidir sobre este valor devido. São mais de 60 itens que, se cumpridos e confirmados em auditoria, podem dar abates de até 100% sobre os valores devidos. Entre eles estão: o cumprimento da geração de empregos diretos, de acordo com o previsto no contrato, estar dentro de distrito industrial, geração de empregos para maiores de 50 anos, entre outros. A geração de energia é um fator que, sozinho, oferece 50% de desconto sobre o ICMS devido