Num circulo virtuoso, a atividade industrial mostra sua força ao participar com 23% do PIB goiano, gerando emprego e renda
A despeito de o Brasil ter uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo, correspondendo a algo em torno de 37% do PIB (Produto Interno Bruto), é inegável a importância da função dos impostos na sociedade. Com os recursos arrecadados via tributação, se bem aplicados, o governo, em suas diferentes esferas, consegue financiar-se, investirem infraestrutura e, por consequência, levar à população diversos bens públicos, a exemplo de saúde, educação. segurança pública e moradia.
Por isso, reveste-se de grande relevância a homenagem lei ta ao setor produtivo na promoção 500 Maiores do ICMS, do governo de Goiás, via Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), e do jornal O Popular.
Grande arrecadador de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o setor industrial goiano recolheu, no ano passado, R$ 2.576.728.064,66, o que corresponde a 17,97% do total arrecadado pela Sefaz. Nesse valor, não está incluído o ICMS do setor energético - de R$ 2.084.798.171.01, ou 14,54% -, que também se insere na atividade industrial como um todo.
Num círculo virtuoso, a atividade industrial mostra sua força ao participar com 23% do PIB goiano, gerando emprego e renda que estimulam o crescimento dos setores agropecuário, de comércio, serviços e exportação. No PIB do País, a participação de Goiás chega a 3%, desempenho que quase dobrou nos últimos 20 anos.
Não por acaso, do saldo da balança comercial obtido por Goiás em 2016, de U$ 3.288.551.538,11, boa parte é oriunda dos produtos semi-industrializados ou acabados, com participação efetiva da indústria de alimentos, couros e produtos minerais.
Igualmente, reveste-se de grande importância a integração entre os setores agropecuário e a indústria, pois agrega valor aos produtos básicos e gera emprego, renda, consumo e tributos para o desenvolvimento do Estado, beneficiando todos os goianos. Segundo dados da R AIS, em 2016 a indústria goiana empregava 313.445 trabalhadores.
Em 2017, os dados do Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, vêm confirmando o potencial da indústria goiana no contexto estadual e nacional. Dos 33.970 novos postos de trabalho criados no Estado, de janeiro a maio, 14.484 foram da atividade industrialenquanto do saldo de 48.543 empregos gerados no Brasil, no mesmo período. Goiás participou com 33.970, ou 69,98%.
Dinâmica, diversificada e com crescimento acima da média nacional, a economia goiana evidencia por suas características que não existe Estado ou País forte sem uma indústria forte.
PEDRO ALVES DE OLIVEIRA, empresário, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e do Conselho Deliberativo do Sebrae-GO
Fonte: O Popular