Única instituição brasileira focada totalmente no fortalecimento das micro e pequenas empresas do Brasil, o Sebrae completou 50 anos, no dia 05 de julho. Em Alagoas, estado em que mais de 90% dos negócios são formados por pequenos negócios, o Sebrae segue sua missão de tornar as empresas locais mais competitivas e sustentáveis.
Exaltando os feitos do Sebrae de hoje e as perspectivas para os próximos anos, o diretor superintendente do Sebrae Alagoas, Marcos Vieira, ressalta que o Sebrae contribui com a melhoria do ambiente de negócios e a economia nacional, sobretudo no Nordeste, desde 1972, quando ainda era Centro Brasileiro de Assistência Gerencial à Pequena Empresa, o ‘Cebrae com C’.
“Não fosse a contribuição do Sebrae, o Brasil não teria tantas micro e pequenas empresas como tem hoje. Elas compõem 30% do nosso produto interno bruto. Ainda é pouco, mas a tendência é o crescimento da participação dessas mais de 19,5 milhões de empresas em todo o Brasil”, afirma.
Segundo Marcos Vieira, o Sebrae também contribui ao longo destes 50 anos de atuação com a articulação e apoio na elaboração da legislação de apoio às pequenas empresas brasileiras, como a criação do Simples Nacional; da Lei nº. 123/2006 ou Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e da criação do Microempreendedor Individual (MEI).
“Desde o início da Constituição de 1988, no artigo 170, inciso IX, que fala do tratamento diferenciado para as pequenas empresas e que gerou a fundação do ‘Sebrae com S’, que participamos da elaboração do conjunto dessas legislações que são como pequenas reformas tributárias porque dão o tratamento diferenciado para essas empresas que tanto contribuem com o país”, ressalta Marcos Vieira.
MPEs como suporte às empresas maiores e ao Poder Público
De acordo com Marcos Vieira, através do apoio às MPEs, o Sebrae também contribui para o fortalecimento das médias e grandes, que necessitam do suporte das pequenas em suas cadeias produtivas, além do Poder Público que também precisa dessas empresas como fornecedoras de produtos e serviços específicos.
Por esses e outros motivos, o Sebrae ainda atua como catalisador junto às instituições municipais, estaduais e federais. Junto da Frente Nacional Parlamentar das Micro e Pequenas Empresas no Congresso Nacional, o Sebrae também apoiou a criação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que trouxe crédito a baixo custo, (menor que 5% ao ano) e que ajudou muitas empresas a continuarem ativas.
Presença do Sebrae
Segundo a Pesquisa GEM, o Brasil tem a maior taxa de empreendedorismo entre os Brics, superando até a China em 8%, fator que aumenta a responsabilidade do Sebrae em ampliar a presença em todo o território nacional e sua atuação junto aos negócios, ofertando atendimento, consultorias e orientação às MPEs.
Em Alagoas, essa presença também só aumenta e deverá crescer nos próximos anos, o que contribuirá com a redução da mortalidade dos negócios. “Como o Sebrae hoje é uma empresa que atua de forma digital e ágil, acredito que em breve ampliaremos o número de atendimentos. Ano passado, em Alagoas, realizamos 200 mil atendimentos. Algo que nunca fizemos na história. Certamente, em breve, atingiremos 30% e iremos crescer até atingir 70% ou 80%”, vislumbra Marcos Vieira.
Sebrae na pandemia
Do início da pandemia até agora, o Sebrae Alagoas passou a atuar com soluções ágeis e gratuitas como o Sebrae Adapte, com soluções na área de biossegurança, marketing digital e gestão, buscando apoiar as empresas para que elas pudessem ter mais agilidade nas respostas e pudessem enfrentar esse mercado pós-pandêmico.
“As empresas precisaram se adequar a essas mudanças, com quedas em alguns setores que foram mais contundentes, como os setores de eventos e turismo. Com a pandemia, as pessoas não puderam viajar e as empresas do setor tiveram prejuízos inimagináveis. Não paramos em nenhum momento”, enfatiza Marcos Vieira.
O diretor ainda destaca que as crises sempre trazem oportunidades de negócios, até para quem é empreendedor por necessidade, mas que mesmo assim é preciso buscar capacitações.
“Muita gente empreende por necessidade, porque perdeu seu emprego. Eles iniciam sem nenhuma base, sem conhecer o próprio negócio, adentrando nesse mundo sem experiência e conhecimento. Por isso, digo: procurem o Sebrae, busquem o conhecimento, sempre há uma saída. Criem uma cultura de negócio na empresa para que ela sobreviva, se capacitem e capacitem seus colaboradores para que a empresa não se torne um fracasso. Nos colocamos à disposição”, frisa Marcos Vieira.
Startups e ambiente inovador
Em Alagoas, o Sebrae ainda atua com o fortalecimento dos ecossistemas de inovação no estado de Alagoas, apoiando a consolidação de ambientes como o Centro de Inovação do Polo Tecnológico (CIPT), no bairro do Jaraguá, em Maceió. Para isso, o Sebrae conta com a parceria de instituições como a Fapeal, Ufal e outras entidades do ‘Sistema S’.
“Hoje temos o nosso Sebraelab para preparar os jovens talentos das tecnologias digitais e sociais, para que eles troquem ideias e cresçam. Temos o espaço Fablab, para testagem de produtos e fabricação de protótipos. Temos todo um aparato de assistência às startups alagoanas que estão surgindo e as que já estão caminhando com investimentos”, recorda.
O diretor superintendente destaca que o Sebrae Alagoas está à disposição da sociedade hoje e nos próximos 50 anos. “Estamos de braços abertos a todos que nos procurem. Aos empresários, aos empreendedores que desejam abrir seus negócios para que possam fazê-lo com todas as condições de segurança possíveis para que obtenha sucesso, que gere mais riquezas para o país, mais empregos e mais renda”, finaliza.
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