Seis das 12 gráficas alagoanas contempladas no Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias (Procompi) concluíram o atendimento, em dezembro último, com elevação de 98,87% da produtividade. A média da redução de custos ficou em R$ 3.668,00 ao mês. Os números devem crescer, pois as demais empresas terão a consultoria concluída em fevereiro.
O Procompi é uma parceria entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Seu objetivo é elevar a competitividade das empresas industriais de menor porte. Em Alagoas, o programa conta com a articulação do Sindicato das Indústrias Gráficas de Alagoas (Singal), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Sebrae local.
O segredo dos bons resultados é o combate a um dos maiores gargalos que afetam a competitividade das gráficas: o desperdício, seja de matéria-prima ou de tempo. “O nível de desperdício gráfico é muito grande, até por falta de conhecimento [técnico] dos próprios empresários”, alerta o presidente do Singal, Floriano Alves.
Segundo ele, a consultoria feita pelo Senai ajuda empresários do setor a identificar os pontos de desperdício em suas gráficas, dando a eles condições de adotarem as melhores estratégias na busca pela competitividade.
De acordo com o coordenador de Tecnologia do Senai/AL, Tiago Castro, durante o atendimento do Procompi às gráficas, o Senai aplica as ferramentas da metodologia Lean Manufacturing (Manufatura Enxuta), identificando os principais gargalos na produção e as causas de desperdício.
Ele conta que uma das gráficas atendidas produzia 24 pedidos por dia. Com as alterações implantadas, a capacidade produtiva foi ampliada para 96 pedidos diários. Outra gráfica obteve ganhos com uma simples alteração de layout, aumentando sua capacidade de impressão em mil unidades por dia.
“A alteração foi feita com a implantação do ponto de ressuprimento, que evitou um desperdício de R$ 27 mil de papel por ano, na pré-impressão”, acrescenta.