A Sondagem Indústria da Construção do mês de março mostra que a pandemia da Covid-19 afetou o setor no Distrito Federal. Houve quedas no nível de atividade e de emprego e na utilização da capacidade de operação. Os números da construção acompanharam os dados medidos na Sondagem Industrial do mês de março, que também mostrou queda em todos os índices pesquisados.
O nível de atividade da construção marcou 34,3 pontos, queda de 18,5 em relação aos 52,8 pontos de fevereiro. A queda na atividade pode observada na menor utilização da capacidade de operação do setor, que alcançou 49,5% em março, recuo de 4,5% na comparação com fevereiro. A redução no nível de atividade também se refletiu no número de empregados. O índice que mostra o nível de emprego, que em fevereiro estava em 52,5 pontos, caiu a 42,5. Com o número abaixo da linha divisória dos 50 pontos, observa-se queda na evolução do nível de emprego.
Problemas
Para as empresas do setor da construção, as altas taxas de juros (46,8%), a burocracia excessiva (45%) e a elevada carga tributária (42%) foram os principais problemas no primeiro trimestre de 2020.
O item demanda interna insuficiente teve crescimento de citações. No último trimestre de 2019, 14,8% dos empresários citaram a demanda como problema. Já na pesquisa atual, 27,2% dos entrevistados marcaram o item.
Os dados da Sondagem Indústria da Construção foram coletados em pesquisa realizada entre 1º e 14 de abril, pela Federação das Indústrias do DF (Fibra) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Leia a Sondagem Indústria da Construção de março.
Texto: Nilson Carvalho
Foto: Moacir Evangelista/Sistema Fibra – 24.09.2019
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra