O Museu Nacional recebeu na tarde desta quinta-feira (11) o II Seminário Internacional Água e Transdisciplinaridade – Águas pela Paz, evento preparatório para o 8º Fórum Mundial da Água, que ocorrerá de 18 a 23 de março, em Brasília. O objetivo do seminário, cuja programação vai até a noite de sexta-feira (12), é discutir a cultura de paz e o compartilhamento da água entre povos e nações, indo além da concepção de ser apenas um recurso hídrico. O evento tem o patrocínio da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra).
A água tem dimensões simbólicas e culturais – em algumas tradições, tem valor sagrado e espiritual. “A crise hídrica é uma mensagem para a população de que é necessário nos organizarmos e nos unirmos em busca de soluções”, disse o líder espiritual Sri Prem Baba, idealizador do movimento global Awaken Love, que tem a intenção de despertar a consciência amorosa em todos os segmentos e setores da sociedade.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, compareceu à abertura do seminário e ressaltou que a temática atinge a todos. “O seminário e o fórum ocorrem no momento em que precisamos dar um salto na qualidade da água, no que se refere à preservação das nascentes e ao cuidado dos reservatórios. Por isso é importante a discussão dos saberes científicos e espirituais para se ter uma nova postura.”
A programação conta com palestras, oficinas, práticas corporais, painéis temáticos, apresentações de trabalhos acadêmicos e ato ecumênico. Além disso, será produzido um documento, a Carta Águas pela Paz, que será enviado como contribuição ao 8º Fórum Mundial da Água e ao Fórum Alternativo Mundial da Água.
Os interessados em participar do seminário podem se inscrever na recepção do evento, no Museu Nacional. A entrada é gratuita.
Fórum Mundial da Água
É o maior evento global sobre o tema e é realizado, desde 1997, a cada três anos pelo Conselho Mundial da Água, composto por representantes de governos, da academia, da sociedade civil, de empresas e de organizações não governamentais. O fórum tem a missão de promover a conscientização, de estabelecer compromissos políticos e de provocar ações em temas críticos relacionados à água.
A edição de Brasília, a primeira no Hemisfério Sul, deve reunir cerca de 40 mil representantes de 170 países.
Texto: Dayane dos Santos
Foto: Cristiano Costa