O Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) chegou oficialmente a Brasília nesta sexta-feira (8). Gestores públicos e empresários reuniram-se no mezanino da Torre de TV para a cerimônia de lançamento do programa, que oferece ao setor produtivo ferramentas de capacitação e de consultoria em inteligência comercial.
O evento foi organizado pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), coordenadora do comitê gestor local do PNCE. Também integram o comitê o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o governo do Distrito Federal, a Apex-Brasil, o Sebrae-DF, o Banco do Brasil, os Correios e a Universidade Católica de Brasília. Desde 2015, o programa do governo federal vem sendo gradativamente instituído nas unidades federativas.
O PNCE tem o objetivo não só de aumentar as exportações do Brasil, mas também de promover o crescimento das vendas de bens manufaturados de valor agregado. O chefe de gabinete do ministério, Evandro Garla, diz que o resultado da balança comercial brasileira de 2017 evidencia a recuperação econômica. “No acumulado de janeiro a novembro, as exportações foram de US$ 200,154 bilhões e as importações somaram US$ 138,146 bilhões. O superávit chegou ao valor recorde de US$ 62 bilhões. Estamos empenhados no crescimento do país.”
Para o secretário de Economia, Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia do DF, Valdir Oliveira Filho, o PNCE será de grande valia para a cidade. “Principalmente para a indústria local, que é uma grande parceira do nosso governo. Temos que valorizar nossa vocação para o desenvolvimento de produtos de valor agregado. Estamos de portas abertas para todos os que têm interesse em fazer negócios com nossas empresas”, disse, durante a cerimônia.
Segundo o diretor-secretário da Fibra, Paulo Eduardo Montenegro PNCE vai se somar ao trabalho que já vem sendo desenvolvido pela Federação nos últimos anos e, principalmente, desde fevereiro de 2017, quando teve início o projeto Exporta-DF, conduzido pelo Centro Internacional de Negócios (CIN-DF). “O nosso principal foco é conscientizar o empresário para que ele compreenda seu potencial e contribuir para que ele invista nos ajustes necessários para empreender cada vez mais e melhor. Esse é o papel institucional da Fibra e das demais instituições envolvidas”, afirmou.
Exporta-DF
Ao longo de 2017, a Fibra preparou oito empresas da indústria têxtil para exportar. Todas são filiadas ao Sindicato das Indústrias do Vestuário do DF (Sindiveste-DF), que apoiou o trabalho: Guilda, Suika, Fulanitas de Tal, Sandra Lima, Estúdio Viviane Kulczynski, Santo Bataclan, Lurdinha Danezy e Biena. Elas passaram por etapas como sensibilização, capacitação e plano de marketing, até que estivessem prontas para fazer negócios no exterior. Uma das atividades mais importantes foi a missão prospectiva ao Circuito de Moda Milão, que deu aos empresários a oportunidade de conhecer novos processos e novas tecnologias na cidade italiana, referência mundial da moda.
Logo após o lançamento do PNCE, as empresas apresentaram suas peças em um minidesfile e participaram de uma rodada de negócios com potenciais compradores da Colômbia, da Espanha, da República Dominicana e do Paraguai. “Minha empresa é pequena e nunca pensei que meus sapatos poderiam ser vendidos a outros países. A noção de profissionalização que o Exporta-DF me trouxe já fez a diferença mesmo para os negócios aqui no mercado interno”, afirma Eunice Pinheiro Alves, da Fulanitas de Tal.
Para executar o Exporta-DF, a Fibra conta com a Apex-Brasil, o Sebrae-DF, o Banco do Brasil, os Correios e a Universidade Católica de Brasília.
Sobre o PNCE
Em 2012, o Plano Nacional da Cultura Exportadora nasceu com o objetivo de mapear oportunidades de negócios e de contribuir para a melhoria do desempenho e da diversificação das exportações brasileiras. Com o lançamento do Plano Nacional de Exportação, em 2015, o PNCE foi aprimorado e passou a fazer parte das metas estabelecidas pelo documento, com a criação de comitês locais e a realização de ações continuadas e específicas de apoio às exportações nas unidades federativas.
A atuação do programa tem como base três temas transversais – financiamento, qualificação e gestão. O trabalho é desenvolvido em cinco etapas: sensibilização, inteligência comercial, adequação de produtos e processos, promoção comercial e comercialização. A ideia é que a empresa amadureça sua cultura exportadora conforme o programa vá evoluindo.
A meta do governo federal é que, até o fim deste ano, o PNCE esteja em todas as unidades federativas.
Mais informações sobre o Plano Nacional da Cultura Exportadora estão disponíveis no portal: www.pnce.mdic.gov.br/.
Texto: Aline Porcina
Imagens: Cristiano Costa
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra