O futuro da sociedade mundial está associado ao desenvolvimento sustentável e à bioeconomia. Pensando nisso e aliado às inúmeras vantagens de já se investir nesse tema, a programação do 1º diálogo Biotic - Iniciativas de inovação tecnológica para a bioeconomia, realizado no dia 5/5, contou com o painel: “Tendências da Bioeconomia”. O evento foi promovido no Hotel Royal Tulip e organizado pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra).
Este primeiro momento do evento contou com breves explanações do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agripecuária (Embrapa), Maurício Lopes; do diretor de marketing estratégico, excelência empresarial e comunicação da Siemens, José Borges; do presidente da Terracap, Júlio Cesar Reis; e do Presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), Vasco Gonçalves.
“Temos o desafio de fazer do Biotic o primeiro parque de inovação tecnológica verde do planeta. Aqui, a gente quer iniciar o contexto do parque, unir parceiros e criar credibilidade, que é vital para o projeto”, iniciou o diálogo, Mário Lima, representante da Fibra no Comitê de Governança do Biotic. O presidente da Embrapa completou o pensamento de Lima em relação ao parque “verde”, no sentido de que o futuro da humanidade é “bio”. Dessa forma, é preciso se preocupar com a sustentabilidade em todos os setores da sociedade.
Maurício Lopes explanou sobre o tema: Bioeconomia – panorama atual e tendências. Na oportunidade, ele enfatizou as diferentes atuações da empresa em relação a esse assunto e como o Brasil evoluiu e se destacou mundialmente em agricultura sustentável. “Meu desafio é mostrar que o futuro vai associar o desenvolvimento à sustentabilidade, com economia de base biológica, renovável e sustentável”, enfatizou Lopes.
Nesse mesmo sentido, o diretor da Siemens, José Borges, continuou o diálogo falando do futuro da inovação tecnológica, contando o caso de sucesso da empresa. “São iniciativas como essa da Fibra que precisamos em Brasília em termos de gerar centros de inovação tecnológica que foquem em bioeconomia. É inegável que essa seja uma grande competência do Brasil, principalmente pela atuação da Embrapa em biotecnologia”, destacou Borges.
O diretor da Simens destacou que a empresa sempre teve inovação como um grande valor para gerar coisas que realmente fizessem a diferença no mundo. Pensando nisso, e já de olho no futuro, a multinacional criou a empresa Next47 que, desde outubro de 2016, trabalha com startups e gerenciamento de inovação. “Seria como um novo ciclo de geração de inovação para os próximos anos, com atuação em campos como: eletrificação distribuída, máquinas autônomas, mobilidade conectada e inteligência artificial”, exemplificou Borges.
Ainda nesse painel, o terceiro título abordado foi: Porquê investir no Biotic? Esse tema ficou sob a responsabilidade dos presidentes da Terracap e BRB, duas entidades sócias do parque e de grande importância na implantação do Biotic.
“O trabalho da Terracap é focado no desenvolvimento do DF. Nesse sentido, o Biotic é um empreendimento da Terracap focado nas novas tendências e no que há de mais moderno. A Terracap figura como um grande vetor que vai possibilitar o início das atividades do parque tecnológico”, explicou Reis.
O parque é um local de inovação, com foco em desenvolvimento, e sustentação econômica, com uma estrutura compatível com as necessidades do setor. Os presidentes da Terracao e BRB destacaram que não se trata de um distrito industrial, loteamento de empresas, programa de incentivo econômico, tão pouco de apenas um empreendimento imobiliário. O Biotic é um parque com foco na inovação tecnológica nos setores de tecnologia da informação e comunicação agricultura, biotecnologia, nanotecnologia, energia, saúde, cosméticos, entre outros.
A gestão do parque é 100% privada, o que cria condições jurídicas e políticas para que o BioTIC possa prosperar de forma segura e tranquila, para que as empresas possam se instalar e os investidores tenham garantia. O presidente do BRB, Vasco Gonçalves, enfatizou que por meio dos Fundos de Investimento em Participação (FIP), será possível a participação de mais entidades nesse negócio.
Eles anunciaram que irão inaugurar o edifício-sede de governança do parque em outubro de 2017; e que a oferta pública de investimentos será aberta em fevereiro de 2018. E, finalmente, o início das obras de infraestrutura urbanística do lote 1 do parque será em março do ano que vem.