Setor fechou o 1º quadrimestre com 31.593 trabalhadores, ante 28.684 no mesmo período do ano passado.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que a indústria da construção civil em Alagoas aumentou em 10% o estoque de trabalhadores no setor entre abril deste ano e abril do ano passado.
O segmento fechou o quadrimestre mais recente com 31.593 funcionários, ante 28.684 no mesmo período do ano passado. Em valores absolutos, são 2.909 empregos a mais. O número de abril passado é o maior já aferido pelo Caged desde o início da série iniciada em abril de 2020.
O levantamento ainda revela uma marca recorde para o setor em Alagoas, que conseguiu consolidar o estoque de empregos acima dos 30 mil. Em novembro do ano passado, esse contingente até foi alcançado, mas voltou a cair em dezembro. Já neste ano, em todos os meses, o número de trabalhadores se manteve acima dos 30 mil.
Maceió lidera entre os municípios do ranking, com 19.558. Em segundo lugar aparece Arapiraca,
com 1.915 e, em terceiro, Marechal Deodoro, com 1.093. Entre os municípios com mais de 100 trabalhadores no setor, o que apresentou maior crescimento entre abril deste ano e o mesmo período do ano passado foi São Miguel dos Milagres, no Litoral Norte, conhecido pela forte exploração turística. Lá, 378 pessoas trabalham na construção, uma alta de 18,13%. O segundo com maior crescimento é Porto de Pedras, com alta de 12,66%.
Em relação ao perfil do trabalhador alagoano da construção civil, o maior contingente verificado no saldo de contratações deste ano é de homens jovens, com idade entre 18 e 24 anos, seguido pelo público da faixa etária de 30 a 39 anos. Em relação à escolaridade, a maioria tem ensino médio completo.
No documento Sondagem da Indústria da Construção de Alagoas, publicado pela Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), os empresários do ramo dizem ter identificado a falta ou alto custo de trabalhadores qualificados como o principal desafio no período, seguido pela elevada carga tributária.
Além disso, dizem que as altas taxas de juros também se destacaram como um obstáculo significativo. “Apesar desses desafios, em abril houve um aumento na confiança dos empresários e uma elevação nas expectativas, refletida pelo aumento na intenção de investimento”, cita o documento.
Ainda assim, a Fiea diz que a análise dos indicadores de atividade e emprego revela uma tendência ascendente em Alagoas para os próximos seis meses.
“O nível de atividade aumentou de 47,5 em janeiro para 60,4 em março, enquanto o número de empregados subiu de 53,9 para 57,4 no mesmo período”, detalha a sondagem.
Autor Gazeta de Alagoas