Introdução
Os novos tempos nos trazem mudanças e nos cumprem a obrigação de rever todo nosso posicionamento social e empresarial, e cônscio desta responsabilidade tomamos a liberdade de transcrever e repassar a todos nossos filiados e membros da categoria econômica abrangida por nosso Sindicato, parte do material elaborado pela CBIC juntamente com o SESI, neste ano, para melhor subsidiar todos nós que mantemos relações negociais com entes públicos.
O tema, como veremos a seguir não se exaure no que aqui trataremos, pois não temos esta pretensão, temos sim a intenção de periodicamente enviar aos senhores algo não muito longo e entediante, mas pequeno e palpitante que nos ajude a pensar e aprender. Entendemos que sempre podemos melhorar e aqui temos muita matéria a ser analisada e aplicada, então, mãos à obra.
Porto Velho, Setembro de 2016
Alan Gurgel do Amaral
SINICON/RO
Presidente
Ética & Compliance
Ética: conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade.
Compliance: Oriundo do verbo em inglês to comply, estar em “compliance” é estar em conformidade com leis e regulamentos, que podem ser externos e internos.
A crescente adoção de políticas de Compliance pelas estruturas corporativas brasileiras é um fenômeno recente, porém em rápido processo de consolidação. Vive-se hoje na era da reputação e práticas que arranhem a imagem das empresas podem destruí-las em pouquíssimo tempo e, muitas vezes, sem espaço para defesa. Não por acaso, umas das frases transformadas em mantra pelos gestores atuais é aquela que diz que “são necessários vinte anos para construir uma reputação e apenas cinco minutos para destruí-la” (Warren Buffet).
Soma-se como fator de risco o fato de que todos os colaboradores de uma empresa também são vistos como seus porta-vozes, formais ou informais. Nesse sentido, não basta ter um bom departamento de marketing e relacionamento com a imprensa para evitar crises. Deve-se envolver todo o universo de pessoas que formam o negócio, desde o mais alto líder até os operários de canteiro, assessorias e fornecedores.
Existe um grande debate em curso, especialmente no âmbito da ONU e do Pacto Global pelo Combate à Corrupção. Esses fóruns têm servido para sintetizar experiências colhidas em vários países e fornecer diretrizes que possam orientar donos e gestores de empresas na elaboração e na execução de políticas de gestão da ética nas relações privadas e com o setor público. Essas são as principais fontes desse trabalho referencial.
Nesse sentido, o documento que se segue é um código referencial baseado na discussão mais atual sobre esse tema e no conhecimento acumulado pela CBIC ao longo das últimas décadas. Obviamente, ele não esgota a discussão, mas fornece um roteiro a partir do qual os interessados poderão se orientar para criar políticas efetivas de prevenção de crises, aumento da segurança das práticas de mercado, valorização da reputação de suas empresas e crescimento do seu patrimônio.
Autor Alan Gurgel do Amaral