Antônio Almeida,que assumiu o sindicato das indústrias gráficas há 18 anos,faz um balanço das conquistas da entidade durante esse período
Uma máquina de escrever, uma mesa com quatro cadeiras, um armário e um cofre, que guardava 38 reais. Essa era a estrutura do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de Goiás (Sigego), encontrada peloempresário Antônio Almeida, proprietário da Gráfica Kelps,ao iniciar sua gestãocomo presidente da entidade, há 18 anos.
De lá para cá, o sindicato cresceu e tornou-se um dos principais integrantes da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), onde o empresário ocupa a 2ª vice-presidência. Nessa entrevista, eleaponta com uma das principais conquistasà frente do sindicato a aquisição de uma chácara de lazer, às margens da GO-070, saída para Inhumas. Por meio dela, segundo Antônio Almeida, houve a união da categoria.
Em 2000, o Sigego conseguiu com o governador Marconi Perillo a isenção de impostos para máquinas que não possuem similares no Brasil. Essa conquista proporcionou a modernização do parque gráfico goiano. Atualmente em Goiás, existem mais de 180 impressoras off-set 4 cores em operação.
Na parceria com o Senai, o sindicato colaborou com subsídios técnicos na definição de projeto da instituição para aquisiçãode impressoras de última geração destinadas à qualificação de mão de obra para atender ao setor gráfico. No Brasil,destaca Antônio Almeida, só três unidades de Senai possuem equipamento de quatro cores.
O Senai Goiás foi, de acordo com ele, o segundo Estado a ter este equipamento de ponta. Outro ganho para a instituição do Sistema Fieg,a implantação de um núcleo de impressão digitalna Escola Senai Vila Canaã possibilitou melhoria no parque gráfico da unidade, adequando-apara formaçãode profissionais que atendam à demanda por esse tipo de serviço. Segundo Almeida, o parque gráficoda unidade de Vila Canaã foi ampliado em 200%.
Entre as realizações de grande porte, o presidente do Sigego cita o congresso internacional das indústrias gráficas, realizado em Caldas Novas, há oito anos. Ele lembra que 700 empresários do setor participaram do evento,que contou com apoio técnico do Sebrae e gerou inúmeras oportunidades de negócios.
O presidente do Sigego apontacomo outragrande conquista a compra de uma sala comercial no Setor Oeste, em Goiânia. O imóvel vai gerar renda, por meio de locação. A salafoi adquirida por R$ 800 mil e hoje é avaliada em mais de R$ 1 milhão.
Outro marco citado pelo presidente foi a criação do Polo Industrial Gráfico de Goiás, no Daiag, em Aparecida de Goiânia. Segundo ele, a ideia surgiu na gestãodo então secretário de Indústria e Comércio de Goiás, Alexandre Baldy.
Na ocasião, o agora deputado ouviu sugestão do Sigego para que o Estado criasse um poloespecífico para o setor. Baldy se comprometeu com a categoria e efetivou a reivindicação.
Segundo Antônio Almeida, até o final deste semestre cerca de 30 empresários vão receber escrituras no polo para a construção de seus parques gráficos. Fornecedores do setor também se instalarão no local, que será o primeiro polo industrial exclusivamente gráfico no Brasil.