A indústria brasileira viveu um período não tão favorável em 2020 por conta da pandemia de Covid-19 com incertezas, baixas na produção e matéria-prima escassa. Além disso, o aumento do dólar frente ao real teve impacto direto na produção e, consequentemente, no preço final para o consumidor. Porém, o quadro mudou em 2021 e segue otimista para este ano.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a indústria têxtil e de confecção teve faturamento estimado de R$ 194 bilhões em 2021. Na comparação com 2020, a produção dos têxteis (insumos) aumentou 12,1% e das confecções, 15,1%. O varejo de roupas cresceu 16,9%. Porém, essa expansão não foi suficiente para recuperar os números de 2019, o último ano antes do início da pandemia.
Além do crescimento no faturamento, o setor apresentou também saldo positivo de 74 mil postos formais de trabalho no acumulado de 12 meses até novembro de 2021, segundo a base os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). As importações aumentaram 17,5%, em relação a 2020.
“Todo o setor cresceu em 2021 em meio às pressões derivadas da pandemia e do forte aumento de custos. Tivemos que buscar oportunidades, trazer novos produtos para o mix e tentar equilibrar as oscilações do preço das matérias-primas. Para se destacar foi preciso ir além e conhecer esse novo consumidor. Previsão para 2022 é de uma expansão em toda a cadeia produtiva”, pontua o diretor comercial da Altenburg, Tiago Altenburg.