O isolamento social recomendado para ajudar no combate à covid-19 mudou significativamente a rotina de boa parte da população mundial e brasileira e, consequente, o modo de consumir.
A pesquisa “Monitoramento da Nova Rotina - consumo, marcas e opinião”, realizada pela IBOPE Inteligência, revelou que apesar da crise financeira causada pelas ações de combate à pandemia, 40% já fez compras de vestuário e, metade desse índice, o equivalente a 20%, realizou as transações de forma online.
Com uma amostra de 1.500 pessoas com internet em todo Brasil, a pesquisa contou com cinco ondas (uma rodada por semana), de 20 de março a 20 de abril, e também apresentou os dados de consumo de moda. A divulgação do levantamento ocorreu no Webinar “Consumidores e Marcas: a nova rotina de consumo”, realizado no dia 13 de maio, promovido pela The LYCRA Company.
O evento contou com a participação de Andréa Braga, diretora de atendimento e planejamento do IBOPE Inteligência, e Marcella Kanner, head de comunicação corporativa e marca das Lojas Riachuelo, além das executivas da The LYCRA Company, Adriana Morasco, Vice-Presidente para a América do Sul, e Silvana Eva, Gerente de Marketing.
Segundo a executiva do IBOPE Inteligência, ainda que de forma lenta, há uma tendência de crescimento de transações online. “Além disso, ainda que o consumidor não esteja comprando na quantidade habitual, ele continua pesquisando informações na internet. Por isso, é importante que as marcas continuem aparecendo e com ações positivas para a sociedade”.
Andréa destaca que entre os clientes que fizeram transações online, as lojas de departamento ainda representam a maior parte das compras para jeans (43%) e roupa íntima (33%). Para roupas esportivas, a maior parcela das compras, 40%, é feita em lojas especializadas contra 31% das lojas de departamentos. Na moda praia, o índice é de 33% para ambos os segmentos (departamento e especializada).
Para Adriana, a pesquisa também deixa claro a importância da cultura do cuidado, com marcas mais humanizadas, que sabem o seu papel na sociedade e que ajudam no combate à pandemia com alguma ação. “Além disso, a necessidade de agilidade para ler esse momento de transformações que a pandemia impôs é o que ficará para o futuro. No varejo, as empresas já estavam aderindo ao online, mas a covid-19 trouxe uma aceleração nesse processo”. Fonte: Abit