Produtores, representantes de indústrias, fornecedores e entidades públicas prestigiaram os dois dias do 10º Encontro Baiano dos Laticinistas, que aconteceu em 25 e 26 de outubro no Hotel Deville. Na oportunidade, os quase 100 associados do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia (Sindileite), filiado à Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), puderam assistir palestras sobre temas relacionados ao mercado de lácteos e derivados, além de participarem de mesas redondas e debaterem sobre os rumos e perspectivas do setor.
Em balanço, a direção do Sindileite definiu o 10º Encontro como "essencial" para os produtores e destacou o sucesso do evento. As cotas de patrocínio e Stands se esgotaram em tempo recorde, o que comprova que o formato exclusivo do EBL contou com total apoio dos laticinistas baianos. Atualmente, o segmento possui mais de 200 indústrias na Bahia. Para o vice-governador João Leão, que participou da abertura do encontro, o evento cumpre a missão "extremamente importante" de fortalecer a cadeia produtiva na Bahia. "Não faz sentido a Bahia importar derivados de leite se nós temos áreas fabulosas para produtividade. Nós do governo queremos incentivar esse povo a produzir, nós queremos que eles aumentem sua produção e, por isso, nos colocamos à disposição. Eu, o governador Rui Costa e toda estrutura do governo sempre estaremos ajudando os produtores", ressaltou.
Palestrante no primeiro dia da reunião, o
secretário estadual de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura,
Lucas Teixeira Costa, destacou a importância do setor para o Estado. "A
classe produtora de leite é uma classe composta por muitos amigos. Eu sou
produtor, sou filho de produtores e tenho o maior orgulho disso. Sou um
incentivador e vou lutar, incansavelmente, pelo crescimento da cadeia produtiva
de leite. Nós temos potencial e vamos ser referência, depende do nosso esforço",
destacou. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a Bahia respondeu, no 1º trimestre de 2019, por 1,9% de todo o leite
adquirido no país. Minas Gerais segue liderando a aquisição de leite, com 25,3%
do total. Isso sem falar da grande quantidade de empregos gerados no campo com
os pequenos produtores de leite.
O bom relacionamento entre os produtores foi
exaltado pelo diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB),
Maurício Bacelar. Segundo ele, o entrosamento garante tranquilidade para
atuação do órgão. "Com essa afinidade, nós sabemos que o trabalho de
sanidade dos rebanhos está sendo bem conduzido. O manejo feito pelos produtores
é de grande responsabilidade. Temos a absoluta certeza que esses produtores
estão entregando produtos de qualidade aos laticínios", salientou.
Presente
pela terceira vez no encontro, o cônsul-geral da Argentina, Pablo Virasoro,
chamou atenção para a integração entre as cadeias produtivas do Brasil e do seu
país. "A cooperação entre as
empresas e os poderes públicos devem promover essa integração entre os países,
visando a exportação. Fiquei muito satisfeito com o evento. A Bahia é
importantíssima na região e no Brasil como produtora de leite, é um exemplo e
um espelho para as indústrias argentinas", analisou.