O presidente da Fieg, Sandro Mabel, fez a palestra de abertura do seminário Future Food, evento destinado a discutir o futuro da alimentação, realizado nesta quinta-feira (07/11), na sede da Acieg, e defendeu a industrialização de grãos em Goiás, um dos eixos estratégicos da federação, como política de desenvolvimento do Estado. O encontro abordou questões relacionadas à saúde, tendências e inovações aplicadas à indústria alimentícia, bem como os avanços e desafios da cadeia alimentícia em Goiás e no mundo.
“Diante dos grandiosos desafios que se colocam para o segmento, os caminhos para o futuro, que já está batendo em nossa porta, passam pela reinvenção dos processos produtivos, a modernização de plantas industriais, a inovação tecnológica. tudo isso coloca no radar a busca de soluções assertivas capazes de transformar o Brasil em protagonista na produção e exportação de alimentos seguros”, disse o presidente da Fieg.
Ele defendeu o diálogo como imperativo, “sobretudo pela grandiosidade da cadeia alimentícia, às voltas sobre como alimentar mais de 9 bilhões de pessoas até 2050”. Segundo Sandro Mabel, alguns pontos se colocam como prioritários para esse debate, como o potencial brasileiro de terras agricultáveis e a deficiência em exportação de produtos acabados, a exemplo do setor de grãos como a soja, em que impera a “farra” das grandes tradings, hoje isentas de impostos de exportação. Mudar essa realidade, em sua opinião, poderia contribuir com o ajuste nas contas do Estado. Proposto pela Fieg e demais entidades do setor industrial, novo regime tributário ampliaria a arrecadação de ICMS em R$ 440,6 milhões por ano, apenas no caso da soja.
Gerente sindical, Denise Resende, presidente do Crea-GO, Francisco Almeida e o diretor de Tecnologia e Inovação do Senai, Rolando Vargas
A gerente sindical da Fieg, Denise Resende, e o diretor de Tecnologia e Inovação do Senai, Rolando Vargas, participaram do painel sobre a transparência na rastreabilidade na cadeia de alimentos e bebidas. “Discutimos as tendências da alimentação no mundo, como nossa indústria tem que se preparar para enfrentar os novos desafios até 2030 / 2050”, resumiu Denise Resende.
Para Rolando Vargas, os próprios consumidores estão mais preocupados com os alimentos que compram e estão cobrando isso das indústrias. Ele observou que a tecnologia está entrando com muita força na área de alimentos e que não existe no Brasil ainda toda uma cadeia rastreada desde o campo até a mesa, apenas esforços individuais.
Diretora criativa da Indústria de Soluções e uma das idealizadoras do evento, Denise Faria destacou que a proposta é promover um diálogo consistente com todas as partes interessadas sobre o futuro da alimentação. “O futuro já chegou e não só a alimentação e indústria 4.0. A gente reuniu profissionais da saúde, que são pessoas que às vezes vão contra a indústria de alimentos, só que a gente não sobrevive sem ela. Então, temos de reunir todo mundo, conversar para achar o melhor caminho.”