A busca de recursos no mercado financeiro é uma prática comum usada pelas empresas que não dispõem de capital próprio suficiente para viabilizar suas operações do dia a dia, como pagamento de fornecedores, ou realizar investimentos de longo prazo, como aquisição de máquinas para aumento da produção. No entanto, mesmo estando o país tentando superar a atual crise econômica, a contratação de empréstimos de curto ou de longo prazo pelas empresas industriais é considerada baixa.
A demanda por bens e serviços ainda contraída e o elevado índice de ociosidade das plantas produtivas são apenas parte da explicação. A Sondagem Especial sobre Crédito de Curto e de Longo Prazo, realizada entre os dias 1º e 12 de abril pela CNI e FIERN revela dificuldades de acesso ao crédito e baixa procura por linhas de financiamento pela maioria das indústrias do conjunto do país e das potiguares. Taxas de juros elevadas, prazos muito curtos para pagamento, exigências de garantias (avalista, fiança, caução, etc.) ou de garantias reais estão entre os principais problemas mencionados pelas empresas.
Os resultados nacionais contemplam apenas a indústria de transformação e foram divulgados no último 17 de outubro. O relatório do Rio Grande do Norte inclui tanto a indústria de transformação quando a de extração mineral. Mesmo com as particularidades setoriais, as tendências são convergentes.