Superfície de natural quartz disputa, com os porcelanatos e pedras naturais, a preferênciados visitantes da Casacor
15/08/2018
Por: Segs
O setor de pisos e revestimentos sempre tem presença marcante nas mais importantes feiras de construção civil, arquitetura e design e, na edição 2018 da Casacor, a tradição se repete.
Na edição de São Paulo, que se encerrou em 29 de julho, a maioria dos 82 ambientes apresentou aos visitantes uma variedade de bancadas de cozinhas, salas e banheiros onde o talento criativo dos arquitetos e designers ganhou forma através do emprego de diferentes materiais de revestimentos, revelando o elevado nível que o mercado nacional atingiu, bem como das indústrias nacionais do setor, uma vez que disputam em pé de igualdade com fabricantes estrangeiros. Neste particular, vale lembrar que o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de pisos e revestimentos cerâmicos e o quarto em rochas ornamentais.
Se nas últimas feiras do setor os porcelanatos de grandes formatos surpreenderam os visitantes e continuam avançando em seu desenvolvimento produtivo, acompanhado por competente processo de certificação de qualidade, o setor de rochas ornamentais também inova em processos de corte e polimento, com tecnologias orientadas pelos princípios de sustentabilidade e oferta de uma gama cada vez maior e mais atraente de pedras exóticas brasileiras.
Entretanto, em 2018, quem vem ganhando destaque são as superfícies de natural quartz, provocando a curiosidade dos visitantes com novas versões do material, com variada paleta de cores, texturas e sugestões de usos. Como pesquisador do setor de pisos e revestimentos, em visitas a Casacor SP, pude observar a reação e ouvir as manifestações de visitantes diante de móveis revestidos com as chapas de quartzo e as comparações feitas com materiais tradicionais, mais conhecidos. Essa é uma das fases no ciclo de vida de produto inovador. (Próxima visita será a edição carioca da Casacor).
A primeira avaliação que se pode fazer é que, diante da disputa acirrada entre importantes fabricantes nacionais e estrangeiros, sustentada por investimentos em inovação, ganha o consumidor com a oferta cada vez mais diversificada de materiais, elevação da qualidade dos produtos e preços beneficiados pela dinâmica da competição.
Além dos consumidores, ganham também os fabricantes nacionais que encaram os desafios da competição internacional e, com isso, elevam o status de suas empresas, qualificando-as como players internacionais.
Arnaldo Francisco Cardoso é professor e pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Desenvolve pesquisa sobre a cadeia produtiva da cerâmica no Brasil e a competição no setor de pisos e revestimentos.