Diversos setores da indústria se reuniram nesta segunda-feira (01/07), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso para impedir a aprovação do projeto de lei do Governo que pretende revogar incentivos fiscais estabelecidos às indústrias. A pequena reforma tributária traz o aumento de impostos a alguns setores e insegurança jurídica, avalia os líderes sindicais.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e Vestuário do Estado de Mato Grosso (Sinvest/MT), Claudio Vilela, a reforma seria danosa, impediria geração de empregos, competitividade e prejudicaria principalmente micro e pequenas empresas. “Qualquer mudança precisa ser analisada e debatida, não se pode aprovar uma reforma sem conversar com os setores da indústria”, afirmou.
De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Químicas do Estado de Mato Grosso (Sindiquimi/MT), Domingos Kennedy Sales, o setor químico compra matéria prima de fora do Estado, transforma e vende para fora do Estado. “Nós não produzimos matéria prima e nem o nosso mercado consumidor está aqui, a perda dos incentivos acabaria com a competitividade do nosso setor e com certeza as indústrias iriam fechar”, disse.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado de Mato Grosso (Sindipan/MT), Hernando Brito cita que a indústria e o comércio se posicionou contrários a reforma juntos dos deputados. “Considero uma primeira vitória do nosso setor, pois o governo reconheceu falhas jurídicas e prometeu ouvir as categorias”, relatou.
Esperávamos uma convalidação do Prodeic e de outros incentivos que funcionam, reduzindo o déficit competitivo de nosso estado e estimulando a geração de novos empregos e desenvolvimento. E o que veio foi uma reforma tributária, sem tempo hábil para o debate", afirma o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Gustavo de Oliveira.