O projeto “Tampinha Solidária”, desenvolvido pelo Fundo Social de Mogi das Cruzes, já recolheu quase 3 toneladas de plásticos.
A iniciativa foi lançada em março e ajuda ONG’s que resgatam e cuidam de animais abandonados.
“Esse projeto ajuda as protetoras independentes, mas também ajuda o nosso meio ambiente. Parece uma ação simples, mas, só aqui, nós estamos retirando quase 3 toneladas de plástico do meio ambiente”, explica Karin Melo, presidente do Fundo Social.
Para valorizar as tampinhas e arrecadar mais dinheiro, um grupo do programa "Família Voluntária" faz a triagem separando o material por cores.
“Se a gente vende elas todas misturadas é um valor. Agora, se a gente consegue vender todas separadas, a rentabilidade é 3 vezes esse valor”, explica Ralf Naure, voluntário do projeto.
Durante o processo, as tampinhas são separadas por cores e na sequência são trituradas.
O plástico fica pronto para ser reciclado e é depositado em sacos e caixas.
Podem ser doados vários tipos de tampinhas. A ideia do Fundo Social é que a população passe a separar tampinhas plásticas de diversos produtos, como refrigerante, água, xampu, detergente, requeijão e até canetas.
Para recolher as tampinhas, vários galões de água com a identificação visual da campanha estão espalhados pela cidade.
Comerciantes que quiserem participar da campanha oferecendo um posto de coleta podem entrar em contato com a sede do Fundo Social, que fica na avenida Vereador Narciso Yague Guimarães, 277, no Centro Cívico. Outras informações pelo telefone 4798-5143.
Beneficiados
Cerca de 60 protetores de animais abandonados já estão cadastrados no projeto “Tampinha Solidária”.
O gatil 7 Vidas é um dos projetos que vai ser beneficiado pela iniciativa. O local está lotado, 80 gatos estão disponíveis para adoção. Nesse momento, não há espaço para receber novos animais.
“A gente retira da rua e reabilita o animal. Tem todo aquele trabalho, veterinário, cuidados, castração, vacina para depois encaminhar para um lar. A adoção é importante por causa disso, porque abre espaço para outros chegarem. Se a gente não doa, como vai continuar recolhendo?”, explica Doraci de Oliveira, protetora do gatil.
Para manter o projeto, o abrigo conta com pequenas doações, mas é pouco.
Os voluntários precisam desenvolver ações para arrecadar verba. “Eu faço o bazar da pechincha e toda verba é revertida para cá. É o amor mesmo que a gente tem por eles para fazer esse trabalho, que não é nada fácil”, completa Oliveira.