A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) recebeu, na segunda-feira (22), diretores de oito empresas multinacionais de mineração instaladas no Estado. Na pauta, discutir os entraves e, principalmente, propor soluções aos gargalos que impedem o andamento dos processos de licenciamento ambiental na Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). O presidente da Fieg, Sandro Mabel, conduziu a reunião e reafirmou a disposição da instituição em contribuir com a sistematização de processos na Secretaria.
Segundo Sandro Mabel, a Fieg tem como contribuir por meio da atuação do Senai e do IEL, qualificando os profissionais que atuam no órgão estadual e disponibilizando consultores especializados para colaborar na estruturação de procedimentos e metodologias. "Nossa disposição é grande. Queremos apoiar, ajudando na construção de processos mais céleres e eficientes, sempre observando o respeito às normas e ao meio ambiente", ressaltou.
O vice-presidente da Fieg, Flávio Rassi, participou do encontro e reforçou a defesa de um procedimento que englobe o licenciamento múltiplo, já contemplando todas as licenças que uma empresa precisa para operar. A opinião foi compartilhada pelos representantes das mineradoras, que demonstraram preocupação com a insegurança jurídica, sobretudo devido à morosidade na renovação das licenças necessárias à operação das empresas em Goiás.
A indústria da mineração em Goiás é bastante diversificada, apresentando segmentos modernos e gestão similar às das grandes corporações internacionais, ajustando-se ao cenário da economia global. Atualmente, Goiás se destaca nacionalmente na mineração de amianto, vermiculita, níquel, fosfato, cobre, nióbio e ouro. O setor responde por 18% da balança comercial goiana, empregando milhares de trabalhadores e contribuindo significativamente com a economia de municípios do interior, sobretudo nos sete polos extrativos distribuídos pelo Estado.