De acordo com o Atlas da Mata Atlântica divulgado em 2017, No Rio Grande do Norte temos uma das maiores áreas de preservação florestal por território. Durante a última pesquisa, o RN apresentou desmatamento zero, entretanto o nível considerado de desmatamento zero é de 100 hectares, fazendo assim com que os quase 30 hectares desmatados não sejam considerados relevantes para o índice nacional.
São José de Mipibu, por exemplo, foi o município potiguar que mais desmatou no Estado entre 2014 e 2015, com a eliminação de 17 hectares (aproximadamente a área de 17 campos de futebol) de floresta nativa. Segundo a diretora‐executiva da SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, “o Atlas dos Municípios é extremamente importante, pois traz um balanço de quais estados e municípios têm dado o devido valor à preservação das florestas nativas e do meio ambiente”, a medida visa contribuir para incentivar a conservação da Mata Atlântica. Foi pensando nisso que, para diminuir os resíduos sólidos e conservar o bioma potiguar, surge a Eco-Obra idealizada e implantada pela Cerâmica do Gato.
Desde 1993 na Região do Vale do Assu, onde se encontram as melhores jazidas de argila do Estado Potiguar, está localizada a Cerâmica do Gato. A empresa construída com ideais sustentáveis desenvolveu a iniciativa ECO-OBRA, que é uma forma efetiva de preservação ao meio ambiente através da reutilização de resíduos de madeira para construção de pallets ou mesmo como cavaco (serragem), utilizados como combustível para queima de produtos cerâmicos.
A Eco-Obra iniciou há pouco mais de dois anos. Para a Cerâmica do Gato, essa estratégia tem sido bastante eficaz com a diminuição do consumo de madeira nativa, em que gira em torno de 1.000 m3, e economia orçamentária em até R$ 5.000,00 mensais com lenha.
A cerâmica disponibiliza a locomoção dos resíduos de forma gratuita através de veículo adequado, faz-se necessário apenas realizar o agendamento previamente.
A estratégia socioecológica busca cumprir o princípio da responsabilidade ambiental: o não acúmulo de resíduos, contribuindo também para corroborar como parte do processo de planejamento da erradicação de lixões. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte (SEMARH), foram idealizadas 33 estações de transbordo e 7 aterros sanitários no Rio Grande do Norte para atender à esta necessidade e erradicar os lixões, em conformidade com a Lei 12.305/2010”, mas projetos como a Eco-Obra facilitam o melhor trajeto para as podas e madeiras. Essa medida indica que as iniciativas sustentáveis serão pauta cada vez mais presente nos projetos da indústria 4.0.
Todas as madeiras são aceitas, o ideal é que sejam mais limpas possíveis e sem nenhum tipo de produto químico, como cola ou borracha. Para os doadores, é a oportunidade de dar um melhor fim aos materiais que virariam lixo ou entulho.
Além da preocupação ambiental e dos insumos cerâmicos comuns da construção civil (tijolos e telhas), a Cerâmica do Gato é a primeira empresa do Rio Grande do Norte capacitada para a fabricação de blocos cerâmicos para edificações de alvenaria estrutural, que reduz o orçamento em até 30% para construções de edifícios. Além dos produtos com alta resistência e em conformidade com as normas da ABNT aplicáveis ao setor, a Cerâmica do Gato é uma das poucas fábricas do estado potiguar a possuir o PSQ.