Duas fábricas clandestinas de queijo foram interditadas nesta quinta-feira (8) em Monteirópolis, Sertão de Alagoas, durante mais uma etapa da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do São Francisco, realizada pelo Ministério Público (MP-AL) junto a vários órgãos.
Segundo o MP, os alvos da operação ficam no povoado Lagoa da Arara, e são reincidentes. Os dois já haviam sido interditados em etapas anteriores da FPI.
Não havia ninguém no primeiro local, mas havia sinais de atividade recente. Os técnicos encontraram formas de fabricação, uma pequena quantidade de queijo em uma geladeira, sal, frações de coagulantes, luvas, sacolas para a venda, caixas de isopor e baldes com soro de leite.
"Toda a conduta da fabriqueta estava errada. Desde o armazenamento até o processamento do queijo, sem nenhuma condição higiênica e sanitária para o funcionamento", explicaram os técnicos da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal).
Nos fundos dessa fabriqueta também foi achada uma pocilga com 7 porcos, que eram alimentados com soro do leite. Apesar de todas as irregularidades, ninguém foi autuado, já que não havia responsável no local.
Na segunda fábrica visitada, foi encontrado um casebre precário, onde estavam armazenados 300 litros de leite, além de equipamentos para a produção do queijo e toda a estrutura clandestina de fabricação. Não há informação sobre autuações neste local.
Além de técnicos da Adeal, a equipe de fiscalização também é composta por profissionais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).