Na manhã desta quinta-feira (08), a Casa da Indústria em Maceió sediou o IV Fórum Regional da Indústria do Plástico. O evento contou com a presença de representantes da Cadeia Produtiva da Química e do Plástico (CPQP) e três palestrantes que apresentaram temas relevantes para o debate social, político e econômico a respeito do material.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), José Carlos Lyra de Andrade, realizou a abertura saudando a todos os presentes e abordando o papel da entidade e de todo o Sistema Indústria na parceria que forma a CPQP. Também destacou o desenvolvimento de Alagoas através da produção do plástico, a importância da continuidade desse trabalho para a economia e apresentou uma visão de esperança em relação ao futuro.
Em seguida, o secretário de Turismo de Alagoas, Rafael Brito, reforçou a parceria do governo de estado na CPQP falando sobre a importância de "dar as mãos nestes tempos, em que precisamos fomentar o desenvolvimento". Também se posicionou contra o Projeto de Lei que tramita na Assembleia Legislativa do estado e que busca proibir a venda e uso de canudos plásticos em Alagoas. "Nós temos que ter em mente a importância da Cadeia Produtiva, que hoje tem grande valor social, gerando 14 mil empregos para os alagoanos", finalizou.
Após a fala do secretário, um vídeo institucional foi apresentado com o objetivo de mostrar a evolução da CPQP. O economista superintendente da Associação Brasileira do Plástico (Abiplast), especialista em Direção de Projetos Estratégicos formado pelo Science Po de Paris, e doutor em Engenharia de Produção pela Universidade de São Paulo (USP), Paulo Teixeira, comandou a palestra com o tema Economia Circular.
Durante sua fala, propôs repensar a geração de valor através da visão deste modelo alternativo de economia e negócios. A partir disso, destacou o desperdício de alimentos, apresentando dados e tópicos para pôr em debate. "A forma como o plástico pode se encaixar nesse modelo de negócio é um fenômeno que ocorre com outros setores, que visam a funcionalidade para o consumidor e não mais a estética"€, afirmou. Ele também apresentou ações da Abiplast através de atuação na logística, na inovação, nas unidades socioeducativas e o alcance que possuem. Finalizou apontando as entidades Sesi e Senai como essenciais para promover a educação ambiental.
Logo após, a gerente de produtos da Feira Internacional do Plástico (Feiplastic), Patrícia de Oliveira, foi chamada ao palco para falar brevemente sobre o plano estratégico e a visão para o futuro do evento, que ocorrerão entre os dias 22 e 26 de abril de 2019, em São Paulo. Para finalizar, apresentou um vídeo para reforçar o entendimento da feira com alguns dados.
A coordenadora do programa Tampinha Legal e porta-voz do Congresso Brasileiro do Plástico, Simara Souza, apresentou o programa - seus objetivos e ações - que, tendo surgido oficialmente em 2016, hoje é reconhecido como o maior programa socioambiental de caráter educativo da indústria de transformação do plástico da América Latina.
Além de destacar todas as conquistas alcançadas pelo Tampinha Legal, parcerias importantes, projetos de benefício à sociedade e à Cadeia do Plástico, Simara também falou sobre a importância da reciclagem e de cada um fazer a sua parte para deixar de ver o plástico como lixo, e passar a vê-lo como resíduo com potencial de realizar o retorno à forma de matéria-prima.
"Queremos deixar um mundo melhor para as próximas gerações, queremos deixar este mundo melhor do que nós encontramos. Nós, do Tampinha Legal, entendemos que lixo plástico é desperdício, porque há pessoas que precisam desse material para sobreviver: as cooperativas, as entidades assistenciais, e a própria indústria, que precisa do plástico. Ele não é o vilão, é a solução€, concluiu.
Por fim, o diretor da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) e presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho, Jaime Lorandi, comandou a palestra A Solução do Plástico. Nela apresentou dados que atestam os benefícios do plástico para o desenvolvimento socioeconômico e alertou para a necessidade de apoiar cooperativas. "Antes de cobrarmos atitudes das autoridades para que deem incentivo à reciclagem, nós precisamos dar o exemplo. Pequenas atitudes como separar o plástico limpo do alimento orgânico já fazem muita diferença para quem trabalha com isso"€, afirmou.
Ao final de cada palestra, alguns minutos foram destinados para os questionamentos do público. O Fórum foi encerrado com a fala do presidente do Sindicato das Indústrias de Plásticos e Tintas (Sinplast/AL), Gilvan Leite, que agradeceu a presença de todos. O evento ainda contou com a participação do vice-presidente da FIEA, Wander Lobo, do presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário, da Confecção de Roupas Ãntimas e da Fabricação de Bijuterias e de Joalheria (Sindivest/AL), Francisco Acioli, do presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas (Singal/AL), Floriano Alves, do gerente da Unidade de Indústria do Sebrae/AL, Everaldo Figueiredo, e do presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico de Pernambuco (Simpepe/PE), Anísio Coelho.
Alunos da Escola Teotônio Vilela e trabalhadoras das cooperativas alagoanas, como a Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Marechal Deodoro (Coopmar), a Cooperativa dos Recicladores de Alagoas (Cooprel), e a Cooperativa dos Catadores da Vila Emater (Coopvila), também compareceram. "As palestras foram ótimas, e esta última [realizada por Lorandi] foi muito gratificante. De todas as palestras que fomos, essa foi a que mais nos valorizou como trabalhadoras"€, disse a presidente da Cooprel, Maria José Lins. Ao todo, o Fórum obteve 131 participantes.
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