As perspectivas e desafios para o segmento de laticÃnios na Bahia foram discutidos no 9º Encontro Baiano dos Laticinistas, realizado entre os dias 21 e 24 de setembro no Hotel Catussaba, em Salvador. Promovido anualmente pelo Sindicato das Indústrias de LaticÃnios e Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia (Sindleite), o evento reuniu cerca de 300 participantes para debater temas relevantes para o segmento, como tendências de consumo e perspectivas para o mercado lácteo 2018/2019.
O presidente do sindicato, Lutz Viana, avaliou que 2018 tem sido um ano positivo para a indústria de laticÃnios. “Este ano teremos crescimento. Nós vÃnhamos com uma sequência de secas, o que diminuÃa a produção de leite nas fazendas. Em 2018, com a normalização das chuvas, o volume de leite oferecido à s indústrias foi maior, o que é melhor para a produçãoâ€, comentou.
Segundo Viana, o grande desafio para o próximo ano é o cenário macroeconômico do paÃs. “A questão do emprego no paÃs esbarra no consumo, na venda dos produtos nas prateleiras de supermercados. Entendemos que o grande desafio é a geração de empregos, para que o consumo aumenteâ€, pontuou.
TENDÊNCIAS DE CONSUMO
A programação do 9º Encontro Baiano dos Laticinistas incluiu palestras com especialistas. Uma delas foi ministrada pela pesquisadora da cientÃfica do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, PatrÃcia Blumer, que apresentou as tendências de consumo do setor lácteo no Brasil.
Entre elas, está a busca do consumidor por produtos de elevada densidade nutricional, fortificados e enriquecidos com proteÃnas, cálcio e vitaminas, por exemplo. Há também o interesse por produtos lácteos com probióticos, prebióticos e fibras; com de baixo teor de gordura e baixo teor de lactose.
“Quando apontamos exemplos de produtos e possibilidades de inovações, mostramos que nem sempre a inovação requer grandes investimentos em tecnologia. Existem possibilidades de inovação na formulação, a exemplo dos produtos com baixo teor de lactose ou com a adição de probióticos e prebióticos. Muitas vezes não é necessário fazer um grande investimento para diferenciar seu portfólio de produtos, agregar valor, segmentar e atingir outros mercadosâ€, destacou a pesquisadora PatrÃcia Blumer.
Realizado com apoio de diversas instituições, entre elas a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o encontro também busca estreitar o relacionamento entre as indústrias de laticÃnios baianas e fornecedores do setor, fortalecendo a cadeia produtiva estadual. Em estandes de empresas parceiras, os participantes puderam conhecer os produtos e serviços voltados para o setor.