Eletroeletrônicos: o mercado do lar em movimento
21/09/2018
Por: O Povo Online
Mais funções, melhor resolução de imagem e modernidade seduzem o consumidor brasileiro na hora de comprar produtos eletroeletrônicos. Segundo pesquisa de mercado da GfK, aparelhos mais tecnológicos e sofisticados apresentam alta de vendas superiores à toda a categoria. A tendência serve para itens que vão desde a linha branca até os aparelhos celulares.
Segundo o levantamento, apresentado nessa semana na feira Eletrolar Show 2018, evento realizado em São Paulo, o consumidor está disposto a gastar um pouco mais por um produto top de linha. A telefonia representa 40% da fatia do mercado de eletroeletrônicos, com destaque para os smartphones. “As pessoas querem mais armazenamento, querem tirar as fotos e guardá-las”, observa o diretor comercial da GfK, Rui Agapito.
Enquanto os aparelhos de telefonia tiveram queda de 2% no faturamento, os smartphones com capacidade armazenamento maior ou igual a 32 gigabytes e tela superior a 5,5 polegadas tiveram alta de 210% em receita nos primeiros meses de 2018, ante igual período de 2017. As telas com maiores já representam 44% dos rendimentos de venda de celulares no Brasil.
“Todo mundo já tem seu telefone. O que está mudando é o ticket médio dos aparelhos, que vem crescendo. Há dois ou três anos, a pessoa comprava, na média, um dispositivo por R$ 400. Atualmente, ela paga R$ 600 ou R$ 700”, diz Cristiano Freitas, diretor de negócios mobile da Positivo. A marca tem investido em linhas mais caras, como a Quantum, que traz modelos com design mais refinado e preços mais altos.
A preferência por telas maiores não fica só nos telefones. O tamanho médio das TVs também tem aumentado. Em janeiro era de 38,3 polegadas e, em maio, 41,2. Outro indício que aponta para um consumidor cada vez mais conectado a tecnologias é o fato de que as smart TVs, que se conectam à Internet e possuem aplicativos, representaram 93% dos rendimentos de vendas de televisores nos primeiros cinco meses deste ano.
“No ramo de eletroportáteis e produtos de cuidados pessoais, já vimos uma recuperação de demanda neste semestre, com crescimento de aproximadamente 12%. Percebe-se também uma tendência de busca de produtos de maior valor agregado, demonstrando maior exigência do consumidor. Nos últimos dois anos, percebemos uma redução de procura para liquidificadores de primeiro preço e uma demanda maior de produtos com maior capacidade e potência”, relata Annette Reeves de Castro, vice-presidente executiva da Mallory.
Com sede e fábrica no Ceará, a empresa apostou no lançamento de linha premium de liquidificadores. Para modelos de ventilador, saiu do trivial e passou a oferecer modelos com carregadores USB para celular, controle remoto e encaixe para repelente, para inovar e agregar valor aos produtos.
O versátil e cômodo também estão em alta. As máquinas de roupa estilo lava e seca registraram alta no faturamento, assim como os refrigeradores de degelo seco, que já representam 63% dos lucros. Quem perdeu espaço na cozinha para modelos mais arrojados foram os fogões. Os cooktops e fornos embutidos, aos poucos, estão substituindo os tipos tradicionais. De 2015 para 2018, o faturamento de fogões saltou de 60% para 56%.
A advogada Camila Serra está entre os consumidores que decidiram comprar fritadeiras sem óleo. Ela optou por produto premium e preferiu pagar quase três vezes o preço de modelos mais simples.
“Primeiro, olhei para a qualidade. É visível a diferença. Segundo, o desempenho. Enquanto eu levo uns dez minutos para fazer uma batata frita, por exemplo, na fritadeira da minha sogra gasto o dobro desse tempo”, observa.
A LG aposta em TVs de alta performance, closets, lavadoras, secadoras e até geladeiras inteligentes para garantir o destaque no mercado entre os mais exigentes. “Os novos produtos apresentam a solução perfeita para a casa do consumidor, alinhando o que há de mais novo em tecnologia com o design e sofisticação exclusivos da LG”, diz Kati Dias, gerente-executiva de linha branca da LG no Brasil. Os lançamentos devem chegar ao consumidor dentro dos próximos seis meses.
Casa Conectada
O conceito de casa conectada já começa a dar sinais de que chega ao Brasil. A distribuidora Alfacomex passa a comercializar produtos com suporte Home Kit, da Apple. Luzes, fechaduras e luminárias que funcionam com comando de voz podem ser instaladas. O aplicativo Casa, na App Store, controla tudo. Para ter um item de cada, o consumidor tem de desembolsar cerca de R$ 6 mil.
O closet inteligente possui a tecnologia TrueSteam™, exclusiva da LG. Segundo a marca, ele que limpa, esteriliza, seca as roupas, neutraliza odores desagradáveis e remove mais de 99,9% dos alérgenos e bactérias dos tecidos. O closet borrifa o vapor quente diretamente na roupa. Preço não informado.
Vendas online estão começando a alcançar cada vez mais espaço no setor de eletroeletrônicos. Elas são mais fortes na compra de produtos de informática. No entanto, a preferência do consumidor ainda é lojas físicas quando se trata da compra de smartphones.
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