O Sindicato das Indústrias do Vestuário do Distrito Federal (Sindiveste-DF) tem a meta de, em quatro anos, aumentar em 10% a participação de empresas locais nas licitações públicas feitas em Brasília. Hoje as indústrias do próprio DF captam menos de 1% desses contratos.
Uma das formas de chegar a esse objetivo é a realização de parcerias que reduzam o custo da produção e tornem as confecções locais mais competitivas. O sindicato, em conjunto com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no DF (Sebrae-DF), verificou que a fase final do processo de produção pesava nessa conta. “Identificamos a necessidade de micro e pequenas empresas do DF de conseguir parceiros na fase de acabamento, como o fechamento de gola”, exemplifica o analista de Projetos de Moda do Sebrae-DF Thiago Angelo Queiroz.
Foi com a intenção de promover essas parcerias que, ao lado do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (Senai-DF), o Sindiveste e o Sebrae promoveram uma rodada de negócios entre empresas brasilienses e de Itapirapuã (GO). Essa cidade do noroeste de Goiás, distante 360 quilômetros de Brasília, concentra mais de 20 facções que atendem a marca Hering. Facções são indústrias do vestuário que produzem peças para abastecer outras empresas, não tendo design ou marca própria.
Itapirapuã tem pouco mais de 6 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017. A grande quantidade de mão de obra qualificada é o principal atrativo levado em consideração pelas empresas brasilienses para estabelecer parcerias na cidade goiana.
A rodada ocorreu em 25 de agosto, no Senai Taguatinga. A seleção das empresas foi feita pelo Sebrae e pelo Sindiveste. Foram considerados os perfis de produção e as possibilidades de interação dentro do processo industrial. Participaram dez empresas fornecedoras, seis de Itapirapuã (GO) e quatro do DF, e 23 compradoras, todas brasilienses. Foram 90 reuniões, com estimativa de negócios em torno de R$ 420 mil para os próximos 12 meses.
Para a presidente do sindicato, Walquíria Pereira Aires, a rodada de negócios contribuirá para que a indústria do DF possa aproveitar a capacidade produtiva da cidade goiana. “Levando para Itapirapuã o acabamento das peças produzidas aqui, conseguiremos aumentar a competitividade, reduzindo custos por aproveitar a mão de obra abundante e com alta qualificação disponível em Goiás”, explica Walquíria.
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Texto: Nilson Carvalho
Fotos: Helio Montferre/Sistema Fibra
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra