Gerar empregos e resgatar o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte são, ao lado da resolução dos problemas na Segurança Pública, os maiores desafios do próximo governador do Estado. Perdendo posição no ranking de desenvolvimento dos estados nordestinos, ficando para trás em termos de atração de empresas e centros de conexão de voos, o Rio Grande do Norte poderá se tornar, em menos de cinco anos, numa das unidades federativas menos atrativas e desenvolvidas do Brasil. Na tentativa de impedir que essa projeção se configure real, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) atualizou o Plano Mais RN, que contempla 43 metas e 180 ações cujo objetivo é resgatar o estado da crise financeira e social atual.
O documento foi entregue, semana passada, a cada um dos candidatos ao Governo do Rio Grande do Norte nas Eleições deste ano. “É muito oportuno, às vésperas do pleito eleitoral, a entrega para os candidatos ao Governo do Estado de um estudo, que traz o retrato real da economia do Rio Grande do Norte. Esperamos que essa atualização possa dar uma visão de futuro dos próximos 20 anos para um Estado mais forte”, ressalta o presidente do sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo. O documento, cuja primeira versão foi apresentada em 2014 aos candidatos ao Governo do Estado à época, foi atualizada ao longo do primeiro semestre deste ano. O economista responsável pelo levantamento e tabulação dos dados foi Cláudio Porto, da Macroplan Consultoria.
Ao longo de 180 páginas, o Mais RN destaca que, “em 2005, o Rio Grande do Norte era o estado melhor posicionado em desenvolvimento nas regiões Nordeste e Norte. No Brasil, estava em 12º lugar. Uma década depois, havia perdido duas posições.” A perda do dinamismo do estado ao longo dos anos foi diagnosticada ainda em 2014, quando na primeira versão do plano foi proposto um pacto político e social de todos para melhorar o estado. “Infelizmente, esse pacto não aconteceu e a trajetória de declínio do Estado se acentuou”, ressalta Amaro Sales de Araújo.