A indústria brasiliense encerrou o primeiro semestre operando com 62% da capacidade instalada, aumento de 3 pontos percentuais diante de maio, quando, por dez dias, a greve dos caminhoneiros paralisou os serviços de transporte de carga e prejudicou as atividades do setor industrial de todo o País. Assim, voltou ao patamar de abril, quando a indústria utilizou 61% de sua capacidade. Além de o parque fabril ter ficado menos ocioso de maio para junho, houve diminuição do ritmo de queda do número de empregados, que passou de 42,1 pontos para 45,3.
O índice de evolução da produção cresceu, passando de 37,9 pontos em maio para 44,6 em junho – alta de 6,7 pontos. Já na comparação com junho de 2017, houve queda de 8,6 pontos, quando o indicador foi de 52,7 pontos.
Realizada pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) e pelo Instituto Euvaldo Lodi do Distrito Federal (IEL-DF), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Sondagem Industrial do DF coleta mensalmente de empresários informações sobre a indústria brasiliense e as perspectivas do setor para os seis meses seguintes. Os últimos dados foram levantados na primeira quinzena de julho.
A cada três meses, a Sondagem Industrial traz também um balanço sobre as condições financeiras e os principais problemas da indústria. A incerteza eleitoral, a crise econômica e as dificuldades de acesso a crédito têm contribuído para a insatisfação com a situação financeira das empresas, cuja pontuação passou de 45,1 para 42,9 no fechamento do primeiro semestre de 2018.
A preocupação com a inadimplência dos clientes assombra os empresários e é um dos principais problemas enfrentados pela indústria do DF. No primeiro trimestre, ocupava o 11º lugar na escala de problemas, mas agora subiu para a segunda posição, apontado por 44,05% dos entrevistados. Em primeiro lugar, para 57,14% dos participantes da pesquisa, o maior problema é a elevada carga tributária.
Análise
Diante dessas preocupações financeiras, o índice de intenção de investimento para o segundo semestre diminuiu e alcançou 32 pontos – o menor dos últimos 12 meses. No mês anterior, era de 34,4 pontos.
A expectativa para os próximos meses, no entanto, é que aumente a demanda por produtos. Esse indicador passou de 51,7 pontos na pesquisa passada para 56,6 na atual. Os empresários esperam que esse aumento acelere a recuperação da produção e do emprego, gerando crescimento da atividade industrial no DF até o fim do ano.
Texto: Dayane dos Santos
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra