Eliminar desperdícios e aumentar a produtividade são os focos da manufatura enxuta, ou Lean Manufacturing, como ficou conhecida a filosofia desenvolvida em 1924 pela empresa automobilística japonesa Toyota. Os princípios e processos desse pensamento foram debatidos nesta quinta-feira (14) em um workshop promovido pela Diretoria de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), em parceria com o Instituo Senai de Tecnologia em Construção Civil do DF (IST-DF).
Empresários de diversos segmentos do setor industrial participaram do encontro, no auditório da Fibra. Foram apresentados conceitos e princípios da filosofia, além de exemplos bem-sucedidos da aplicação do Lean Manufacturing em empresas locais.
Melhorar a produtividade e reduzir custos estão entre os principais objetivos dos gestores, principalmente em tempos de crise, em que os recursos são mais restritos e a gestão deve ser ainda mais eficiente para aperfeiçoar os resultados. “As ferramentas do Lean Manufacturing ajudam a melhorar o desempenho e a competitividade, trazendo bons resultados econômicos e gerando mais empregos. Como entidade, é nossa obrigação tratar de temas de interesse do setor produtivo”, disse, na abertura do evento, o diretor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Fibra, Graciomário de Queiroz.
A essência do Lean Manufacturing é a identificação e a redução dos desperdícios nos processos produtivos por meio da aplicação de métodos e ferramentas que possibilitem aumentar a produtividade e aperfeiçoar a execução das tarefas. Para isso, a filosofia considera oito fontes principais de desperdício. São eles: a superprodução, a logística do transporte, o tempo de espera, o excesso de processamento, os defeitos e retrabalhos, os estoques inadequados, as movimentações excessivas no ambiente de trabalho e as competências e habilidades subutilizadas.
De acordo com a consultora do IST-DF Lorena Tahan, um dos grandes desafios enfrentados pelas empresas atualmente é fazer com que os empregados entendam os desperdícios e os impactos que eles trazem para a cadeia de produção. “Desperdício é tudo aquilo que gera custo e não agrega valor. Em uma escala de 100%, entre 35% e 45% é desperdício, cerca de 50% não agrega valor, mas é necessário, e apenas de 5% a 15% de fato agrega valor. Essa é a parcela que deve ser maximizada”, explicou.
Para auxiliar os empresários na implementação do Lean Manufacturing, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) criou, em 2016, a Consultoria em Lean Manufacturing para Indústrias. No DF, ela é oferecida por meio do IST, a fim de atender às empresas interessadas em aprimorar seus processos. Após a contratação do serviço, consultores visitam os ambientes de trabalho, mapeiam os processos, identificam os pontos de melhoria e aplicam as ferramentas de gestão. Os resultados podem ser vistos em critérios como qualidade, custos e entrega dos produtos.
A consultoria está disponível para médios, pequenos e microempresários. Para os dois últimos grupos, o contrato pode ser feito via Sebraetec, parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) que oferece subsídio de até 70% em serviços de inovação, aperfeiçoamento tecnológico, oficinas, cursos e consultorias nas áreas de sustentabilidade, de produtividade, de qualidade e de design.
Para saber mais sobre essa e outras consultorias oferecidas pelo Senai-DF por meio do Sebraetec, entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor do Sistema Fibra pelo telefone (61) 4042-6565 ou com a Central de Atendimento do Sebrae pelo 0800 570 0800.
Texto: Aline Porcina
Fotos: Victor Hugo Pessoa
Assessoria de Comunicação do Sistema Fibra