O presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação no Estado de Goiás (Siaeg), Sandro Mabel, candidato da chapa única para a renovação da presidência da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), participou de encontro com empresários na quarta-feira, 30 de maio, durante reunião da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia). Na oportunidade, ele falou sobre o impacto e os desdobramentos da greve dos caminhoneiros na economia goiana e, também, sobre as suas expectativas em relação à eleição e a futura gestão da Federação.
Sobre a greve dos caminhoneiros, Sandro Mabel avaliou que o movimento foi mal dimensionado pelo Governo Federal e, mesmo, o movimento desconhecia a força que tinha. Na sua opinião, o mercado deve dar uma resposta rápida de recuperação. Porém, muitas empresas devem ter dificuldade do ponto de vista financeiro, em razão da quantidade de dias parados. No agronegócio, conforme disse, alguns setores, como o aviário e o de suínos, terão mais dificuldades de superação, pois os problemas foram maiores do que, por exemplo, em relação ao mercado de bovinos.
Para Sandro Mabel, a greve demonstrou a dependência que o País tem do transporte rodoviário, enquanto investimentos como o da Ferrovia Norte-Sul estão praticamente parados porque não se chegou a um modelo adequado à sua operacionalização. Ainda em relação à greve, o empresário destacou que a crise não pode e nem deve provocar um novo abalo na Petrobrás, que deve ser preservada sob o risco de haver ainda maiores prejuízos à economia do País.
Sandro Mabel falou também da consolidação da chapa única que deverá conduzi-lo à presidência da Fieg. A eleição ocorrerá em outubro próximo, restrita à votação dos presidentes de 35 sindicatos que integram a base da Federação. O atual presidente, Pedro Alves, que conduz o processo, anunciou recentemente a unidade. Até então, haviam mais três candidaturas colocadas: Antônio Almeida, André Rocha e o empresário anapolino Wilson de Oliveira. Todos abriram mão para que houvesse a definição pela chapa única.
O futuro presidente da Fieg falou, na reunião com os empresários da Acia, sobre os projetos que pretende desenvolver ao tomar posse em janeiro. Ele também manifestou concordância a alguns pleitos colocados pela diretoria da ACIA, como, por exemplo, o apoio para que haja uma política de melhor relacionamento com a Companhia de Desenvolvimento de Goiás (Codego), a fim de eliminar entraves para a industrialização do Município e o apoio ao projeto de estabelecer em Anápolis uma base do polo de defesa, para a atração de investimentos nesta área, projeto este já abraçado pela Fieg, que implantou o Comdefesa - Comitê da Indústria de Defesa e Segurança de Goiás.