A Fundação Getulio Vargas (FGV) anunciou nesta quarta-feira, 25, que o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) ficou relativamente estável em abril, ao variar -0,1 ponto, passando a 96,7 pontos. Essa foi a primeira queda depois de sete altas consecutivas. Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou pelo oitavo mês consecutivo (0,5 ponto).
'Depois de um período de alta consistente da confiança do Comércio, a acomodação de abril parece refletir a incerteza em relação ao ritmo futuro da economia. A patinada das expectativas sugere que os empresários do Comércio estão cautelosos em relação aos próximos meses, enquanto a quarta alta consecutiva do Índice de Situação Atual reforça a percepção de que a fase de recuperação das vendas persiste', avalia Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE.
Em abril, 7 dos 13 segmentos pesquisados avançaram. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 0,6 ponto, atingindo 94,1 pontos, o maior valor desde junho de 2014 (96,5 pontos). O Índice de Expectativas (IE-COM), recuou 0,8 ponto para 99,4 pontos. No ano, os índices também caminham em sentidos opostos: o ISA-COM subiu 8,5 pontos enquanto o IE-COM recuou 5,0 pontos. Com isso, a diferença entre ISA e IE caiu a 5,3 pontos, a menor desde julho de 2015 (2,9 pontos).
As expectativas do Comércio pioraram em abril, contribuindo para terceira queda consecutiva da série de médias móveis trimestrais. A revisão das expectativas foi determinada pelo segmento de não duráveis.
O Índice de Expectativas dos revendedores de bens não duráveis recuou 2,9 pontos no mês, revertendo a tendência de alta que vinha ocorrendo nos últimos meses. Já o Índice de Expectativas dos segmentos ligados a revendedores de bens duráveis subiu 0,8 ponto em abril, mantendo a tendência de alta do índice em médias móveis trimestrais.
A manutenção do IE-COM de duráveis em alta e acima dos 100 pontos reflete a efetiva melhora das vendas em 2018, uma decorrência da redução dos juros e da base fraca de vendas do ano passado.