Cervejarias artesanais de Nova Lima serão auxiliadas no âmbito do PCIR e insumos gerados por essas fábricas serão direcionados para a criação de uma padaria comunitária.
Na última segunda-feira, 19/3, a FIEMG, por meio do IEL, no âmbito do Programa de Competitividade Industrial Regional (PCIR), em parceria com a Gerência de Meio Ambiente (GMA); o Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas (SindBebidas); e Associação Comunitária José de Almeida (ACJA), obteve a aprovação do projeto Panificadora Comunitária Pão de Malte, no edital Parcerias Sustentáveis da AngloGold Ashanti.
O projeto aprovado terá investimento de R$ 76.657,00 e vai estimular a criação de uma padaria comunitária, empreendimento social no setor da panificação, no município de Nova Lima/MG. Seu plano sustentável, além de contribuir para a geração de empregos na região, garantirá o aproveitamento do bagaço do malte, resíduo do processo produtivo das cervejarias artesanais, como principal insumo para produção de pães e posteriormente, outros subprodutos.
Um dos diferenciais do Pão de Malte é a proposta de parceria que será realizada com diferentes áreas do Sistema FIEMG: a Gerência de Projetos para Indústria (GPI); o SENAI visando a capacitação de membros da comunidade em panificação; e a Gerência de Meio Ambiente (GMA), responsável por mapear os tipos de resíduos e subprodutos nas cervejarias de Nova Lima.
A gerente de Projetos para a Indústria, Simone Porto, esclarece que o plano de ação será desenvolvido em sete fases, no decorrer de um ano. "As primeiras etapas consistem em mobilizar o público que será beneficiado nas comunidades de Nova Lima, as indústrias cervejeiras e a identificação de resíduos do processo produtivo cervejeiro". Inicialmente, o projeto vai assistir 100 pessoas da comunidade José de Almeida. Entretanto, esse público pode aumentar a medida que novos parceiros se juntarem ao projeto.
Vale destacar que Nova Lima se consolidou como o maior polo cervejeiro do Estado de Minas Gerais. Atualmente, a destinação do grande volume de insumos gerado por essas fábricas é feito com pouco reaproveitamento econômico: o bagaço do malte tem sido doado e utilizado como ração animal.
Dentro desse contexto, o projeto vai orientar a destinação mais eficiente, em termos ambientais desses resíduos. Moradores serão capacitados para a produção de pães e outros subprodutos, a partir do bagaço do malte, a fim de promover a geração de trabalho e renda nas comunidades submergidas no projeto.