Representante da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) junto ao Conselho de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CAL/CNI), o empresário Wilson de Oliveira participou do Seminário RedIndústria, ocorrido em Brasília no último dia 06/02. O evento reuniu cerca de 350 executivos e representantes das 27 federações estaduais de aproximadamente 80 associações setoriais da indústria.
Segundo Wilson de Oliveira, as lideranças presentes no seminário analisaram e discutiram mais de 880 propostas em tramitação no Senado e na Câmara dos Deputados e acompanhadas pela CNI. O conjunto final com cerca de 100 projetos considerados prioritários comporá a Agenda Legislativa da Indústria, que será lançada em 20 de março.
Wilson de Oliveira ressaltou que, dentro da pauta, definiu-se que um dos temas prioritários é a reforma da Previdência Social, cuja votação pode ocorrer ainda neste mês de fevereiro.
“Não é mais possível adiar esse debate, sob risco de comprometer todo o sistema de seguridade social do país”, alertou o vice-presidente e presidente do Conselho de Assuntos Legislativos da entidade, Paulo Afonso Ferreira. Ele lembrou que o rombo nas contas da Previdência atingiu R$ 268 bilhões, em 2017, e está em rota insustentável. Mantida a atual trajetória, o pagamento de aposentadorias consumirá recursos que poderiam ser destinados à educação, à saúde e à segurança pública. Segundo estimativa da CNI, o Brasil economizaria em torno de R$ 1 trilhão, até 2028, caso a reforma já estivesse em vigor.
Para 2018, a Agenda Legislativa deve manter as premissas de considerar prioritárias as propostas que promovam a eficiência do Estado e a responsabilidade fiscal, reduzam a burocracia e contribuam para maior segurança jurídica para o setor produtivo e cidadão. “Nossa agenda deve refletir não só os desafios presentes em nosso dia-a-dia, mas deve ter um olhar para o futuro, contribuindo para assentar as bases que irão permitir o desenvolvimento de uma nova etapa de nosso processo de industrialização, a indústria 4.0”, explicou Paulo Afonso.
Balanço
Em seu balanço de 2017, Afonso destacou a aprovação de projetos importantes para a competitividade da economia brasileira. Entre os projetos aprovados, destacou a reforma trabalhista e a regulamentação da terceirização, como avanços significativos para a modernização das relações do trabalho no Brasil. “A aprovação desses avanços não teria se concretizado se não pudéssemos contar com um conjunto de parlamentares aguerridos que enfrentaram com coragem o debate”, disse.