O Comitê da Indústria de Defesa e Segurança de Goiás – COMDEFESA – GOIÁS – é resultado de um conjunto de ações protagonizadas pela Associação Comercial e Industrial de Anápolis iniciadas em 2016, a fim de que seja instalado na cidade de Anápolis um Polo da Base Industrial de Defesa. Devido a abrangência do Projeto foi necessário o apoio estratégico da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), responsável pela criação do Comitê.
O comitê será composto pelos representantes de 26 sindicatos filiados à Fieg e de mais seis representantes de entidades setoriais ligadas à cadeia produtiva do setor e instituições de ensino e pesquisa. Por indicação do presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira, o Comdefesa-GO será liderado por Anastácios Dágios (SICMA e ACIA) e Wilson de Oliveira (Fieg Regional Anápolis e Sindalimentos).
Em 2015 a ACIA teve conhecimento de um estudo apontando Anápolis com condições favoráveis a um Polo da Base Industrial. Em junho de 2016, em Reunião Ordinária na Associação Comercial e Industrial de Anápolis, o presidente Anastacios Apostolos Dagios recebeu o então Delegado Regional da ADESG (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra), o jornalista Gilberto Alves Marinho. Ele destacou que o eixo econômico Brasília/Anápolis/Goiânia, de acordo com estudos estratégicos do Governo Federal, vai ser, em 30 anos, o segundo mais importante do País, ficando atrás, somente, do eixo Rio/São Paulo. Isto significa mais investimentos públicos e privados, melhoria na qualidade de vida e mais avanços educacionais para a região e também alertou que as lideranças de Anápolis precisavam se mobilizar.
A partir das informações fornecidas pela ADESG, a ACIA intensificou a mobilização dos seguimentos: empresarial, universitário, classista, Base Aérea de Anápolis (FAB), Comando Militar do Planalto (Exército) e do Fórum Empresarial. Além de reuniões com o Governador de Goiás, Marconi Perillo; com o então presidente interino da República, Rodrigo Maia; com o ministro da defesa, Raul Jungman; participação no Congresso Polônia-Brasil; visita à Embaixada da Itália e participação no encontro das Câmara de Comércio Brasil-Argentina; realização de uma Audiência Pública para discutir o projeto com a sociedade; além da apresentação do mesmo em Reunião Ordinária da FIEG, que levaram às ações e decisão de criação do Comitê.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), as companhias que atuam no mercado geram cerca de 25 mil empregos diretos e cerca de 100 mil indiretos, movimentando anualmente mais de US$ 3,7 bilhões, sendo US$ 1,7 bilhão em exportações e US$ 2 bilhões em importação. Além de armamento e municição, o segmento envolve, por exemplo: proteção baística e blindagem, aeronaves, viaturas, veículos não tripulados, sistemas de comando e controle, elétricos e eletrônicos, TI e telecomunicações, equipamentos óticos, vigilância, logística, publicidade, consultoria, treinamento, pesquisa e desenvolvimento, vestuários, calçados, alimentos, dentre outros produtos.