Mesmo correndo o risco de "chover no molhado", pois já falei e repisei muito estes assuntos, o fato é que você amigo empresário precisa definir exatamente os rumos de sua empresa, seja lá que tipo for, agora em 2018, bem como os produtos ou serviços que oferecerá e, é claro para quem. Concentre-se naquilo que traz resultado para sua empresa. Lembre-se que ninguém pode fornecer tudo para todos.
No ano passado, o MIT (Massachusetts Institute of Tecnology), nos Estados Unidos, publicou um estudo no qual revela que executivos orientados para o resultado são movidos por um ciclo virtuoso de crenças e comportamentos que os motiva a ir cada vez mais longe. A conclusão do MIT foi: inteligência, criatividade e conhecimento são essenciais para um bom gestor, mas somente a eficácia na utilização desses atributos os converte em resultado. Por eficácia entenda-se a utilização dosada desses atributos aliada à gestão da equipe. E é isso que teremos que intuir e aprender para que não haja um desgaste muito grande do empresário.
Teremos que cuidar de várias frentes ao mesmo tempo e, para isso, necessitaremos de ferramentas de trabalho como, por exemplo, sistemas de gestão, relatórios de análise confiáveis, sejam através dos bons sistemas de gestão existentes no mercado ou elaborados internamente através da indicação de especialistas em TI alinhados ao ramo de sua especialidade. A primeira e mais importante ferramenta, será nosso “Plano de Negócios” acrescido do “Budget” (previsão de faturamento e despesas) além é claro do acompanhamento diário de nosso Fluxo de Caixa e de toda a movimentação de vendas, faturamento e resultados de cada ordem de produção.
Forçosamente teremos que reestruturar nossa área comercial, procurando em primeiro lugar, fazer a fidelização de nossos já tradicionais clientes e implementando o “cross-selling”. Teremos que buscar novos nichos e segmentos de mercado, justamente aqueles que estarão sendo menos afetados pela crise econômica. Alertamos, porém nossos amigos gestores, que muitas empresas que vinham honrando seus compromissos com regularidade estão começando a atrasar seus pagamentos e alguns, até por conta da crise, estão deixando de pagar e renegociando prazos, o que afeta enormemente o fluxo de caixa. Convém, portanto, fazer uma pesquisa no SERASA ou SPC ou outra instituição de análise creditícia antes de fechar o pedido com seu cliente que sempre pagou direitinho.
Além disso, chegou a hora de rever os seus custos, bem como os critérios adotados para a formação dos mesmos e principalmente da formação do preço de vendas. A hora é também propícia para eliminar a velha tradição de colocar “gordurinhas” com medo de errar nos cálculos. Se tivermos tudo sob controle, por que razão o orçamentista estaria errando nos cálculos? Vários são os fatores que nos levam a “errar” nos cálculos. O primeiro deles é que o orçamentista é um simples “digitador de programa de orçamentos” que não pensa como orçamentista e segue fielmente o que o programa preconiza.
Se o programa foi parametrizado com números médios do mercado no lugar de números da empresa (pois o dono da empresa em sua grande maioria, não tem os próprios números), certamente o resultado não será o real da empresa. Uma segunda questão é a informação dada para orçamento por parte do vendedor ou do cliente. Feito o orçamento e dado o preço acabou. Na hora em que chegam os pedidos, principalmente se forem personalizados e específicos, percebe-se que existem “pequenas” diferenças entre o orçado e o serviço a executar, sendo que na maioria das vezes o dono da empresa não cobra a diferença, engolindo o prejuízo.
Infelizmente está muito difícil encontrar bons elementos e a única saída que vemos é o treinamento de pessoal, a começar pelo próprio dono da empresa, através de um “Coach” que o assessore ou fazendo cursos nas instituições de ensino e treinamento. Para o micro e pequeno empresário, podemos sugerir o SEBRAE, as Associações de Classe e Sindicatos Patronais Regionais bem como o SENAI, SENAC, etc.
Já para as outras funções, temos além das entidades acima citadas seminários “In Company” para os profissionais de gestão e chão de fábrica, ministrados por empresas de Treinamento e Consultoria. Gostaria de deixar novamente bem claro, neste momento, de que a aquisição de um programa de gestão e, mesmo o treinamento não é CUSTO e deve ser encarado como INVESTIMENTO.
Durante estas últimas “férias” estive lendo muita coisa boa para relaxar. Entre elas, li muitas coisas de Carlos Drummond de Andrade entre as quais um poema chamado “Receita de Ano Novo” do qual quero transcrever um pequeno trecho: “Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente; é dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre“. Feliz e próspero Ano Novo!
* Thomaz Caspary e consultor na área gráfica, Coach e diretor da Printconsult Ltda. – tcaspary@uol.com.br - (11) 3167-6939 e (11) 99105-2776.