O presidente da Fieg Regional Anápolis, Wilson de Oliveira, avalia que o ano de 2017 foi positivo para o setor produtivo. Segundo ele, ainda há muitos desafios pela frente, para que o País possa superar a crise política e econômica que vem se arrastando desde 2014. Entretanto, diz, os sinais de que este ciclo de crise está passando começam a ficar mais evidentes.
Wilson de Oliveira ressalta que, este ano, ocorreram duas vitórias importantes para o setor empresarial: a aprovação da terceirização e a modernização da legislação trabalhista. Ele destaca que a Confederação Nacional da Indústria (CNI), através do Conselho de Assuntos Legislativos, teve um papel importante no acompanhamento dessas matérias e nas contribuições para melhorar as propostas. “Tive oportunidade, como membro do Conselho, de presenciar esta verdadeira guerra que foi travada no Congresso Nacional. Mas este trabalho valeu a pena e temos, hoje, uma legislação que começa a tirar o País do atraso”, sublinhou.
Para o presidente da Fieg Regional Anápolis, outra conquista importante este ano, foi a convalidação dos incentivos fiscais. Até então, as indústrias contempladas com benefícios ficais viviam uma grande insegurança jurídica e havia, também, a possibilidade de que houvesse ressarcimento de valores, o que traria enormes prejuízos às empresas, podendo, em muitos casos, inviabilizá-las. “Fizemos este embate, junto com o Governo de Goiás, e obtivemos sucesso. Não só o nosso estado, mas também outros estados da federação que necessitam dos incentivos para fomentar a economia, gerar empregos, renda e divisas”, pontuou Wilson de Oliveira.
Desafios
No caso de Anápolis, Wilson de Oliveira enfatizou que o Município também tem reagido bem à crise. O último resultado do PIB, de 2015, aponta um crescimento de quase 5% frente ao ano anterior. Os dados do Caged, conforme observa, também mostram que nos últimos meses, houve aumento de contratações frente às demissões. Em relação à balança comercial, aguarda-se, ainda, o fechamento do mês de dezembro para que se possa fazer um comparativo. Mas, o resultado deste ano deve ser semelhante ao de 2016.
Para o presidente da Fieg Regional Anápolis, há muitos desafios para 2018. “Precisamos tirar do papel o aeroporto de cargas, o centro de convenções, o anel viário do DAIA e a plataforma logística. Precisamos de um diálogo melhor e ações construtivas por parte da Companhia de Desenvolvimento do Estado de Goiás (Codego), para com as empresas dos distritos industriais, pois temos muitos empresários que arriscam o seu capital para empreender e não têm recebido um tratamento à altura por parte do órgão. E, também, precisamos estimular a criação de polos industriais no Município com investimentos privados”, apontou o presidente da Fieg Regional Anápolis, acrescentando que a entidade, juntamente com os Sindicatos das Indústrias, têm trabalhado unidos para que as condições de desenvolvimento econômico em Anápolis e em Goiás sejam constantemente melhoradas. “Nossa luta, capitaneada pela Fieg, é para que o Estado tenha um ambiente melhor de negócios, da infraestrutura às políticas de inovação”, resumiu Wilson de Oliveira.