Com o objetivo de compreender o tamanho do mercado de cafés especiais no Brasil e projetar o crescimento para os próximos anos, além de analisar os segmentos e posicionamentos do setor, identificar os principais canais de venda, as tendências que impactam este mercado e compreender o negócio de cafeterias no Brasil, foi realizado um levantamento pela Euromonitor International, encomendado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).
A pesquisa, que contou com visitas a cafeterias, varejos em geral e entrevistas, afirmou que o mercado de especiais movimentou no varejo, em 2016, R$ 3,2 bilhões e que, embora ainda represente 5,1% em volume do total de cafés (varejo e foodservice), vem ganhando espaço ano a ano. Em número de sacas, o consumo nacional corresponde a 901,7 mil sacas do grão especial. Entre 2012 e 2016 o crescimento médio anual foi de 18,1% no consumo (volume) de café especial.
Para o consultor da Euromonitor, Rodrigo Augusto de Godoi, a “grande variedade, qualidade e a busca por sabores e regiões diferentes de origem têm influenciado positivamente o crescimento desse mercado”. A projeção da pesquisa é de que, até 2021, o consumo no Brasil chegue a 1,7 milhão de sacas de especiais.
Quem mais irá influenciar o crescimento do varejo são as cápsulas, que aumentam dois dígitos anualmente. A grande preocupação ambiental com o produto terá resposta em versões de cápsulas retornáveis e biodegradáveis que, segundo dados, ajudarão na expansão desta categoria.
Até 2020 o varejo de café especiais dobrará de tamanho em vendas, passando a movimentar R$ 6,4 milhões. Mas o volume ainda ficará com o grão que, segundo a pesquisa, terá ainda mais relevância em cafeterias e é hoje responsável por até 45% do volume de vendas. De acordo com os resultados apurados, o principal uso do grão é pelo coffee lover que deseja replicar todo o processo de preparo do café em casa, desde a moagem até a realização do café.