A Confederação Nacional da Indústria (CNI), através do Programa de Desenvolvimento Associativo, está desenvolvendo uma grande campanha com o objetivo de mostrar a importância de uma maior aproximação entre os empresários e as suas representações sindicais. Esta, aliás, é uma ação constante tanto da própria CNI, quanto das federações industriais, em especial a Fieg, que representa a indústria goiana.
Anápolis foi o primeiro município a contar com um “braço” da Federação. Em 1999, foi criado o Núcleo da Fieg, iniciativa que partiu do saudoso Aquino Porto. A inauguração coube ao presidente à época, Paulo Afonso Ferreira. Na gestão do atual presidente, Pedro Alves, o Núcleo foi transformado em Fieg Regional Anápolis.
A nossa entidade, hoje, abriga seis sindicatos patronais: Sindicato das Indústrias de Alimentação de Anápolis (SindAlimentos), o qual tenho a honra de presidir; o Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Anápolis (Sicma), presidido pelo empresário Anastácios Apostolos Dagios; o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Anápolis (Simmea), presidido pelo empresário Robson Peixoto Braga; o Sindicato das Indústrias do Vestuário de Anápolis (Siva), presidido pelo empresário Jair Rizzi; o Sindicato das Indústrias Cerâmicas do Estado de Goiás (Sindicer/GO), presidido pelo empresário Laerte Simão e o Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo), liderado pelos companheiros Heribaldo Egídio (presidente) e Marçal Henrique Soares (presidente executivo).
São entidades que têm história. Três sindicatos, inclusive, estão completando 40 anos de fundação este ano: o SindAlimentos, o Sicma e o Simmea. O Sindicergo e o Siva foram criados no início da década de 80 e Sindifargo, o caçula das entidades, teve sua primeira diretoria eleita em 2004. Uma entidade jovem que representa um setor também jovem em Goiás, mas muito dinâmico e de grande peso na economia.
No Estado de Goiás, temos 36 representações sindicais patronais que formam a base da Fieg. Da mesma forma, cada qual com os seus valores, sua história e um cotidiano marcado por muito trabalho. A Federação, juntamente com os Sindicatos das Indústrias, exercem um papel da mais alta relevância para a consolidação de Goiás como um estado industrializado, moderno, competitivo e inovador.
É um trabalho de formiguinha, que poucos vêm. Para muitos, os sindicatos existem apenas para negociar os acordos e convenções coletivas de trabalho. Nossa missão vai muito além. São as entidades que saem em defesa dos empresários e empresas, quando existem ameaças de elevação de carga tributária, de pressões regulatórias e de normas e leis que prejudicam o ambiente de negócios. Essas ameaças são constantes e a luta é diária, porque a representação laboral é forte e exerce bem o seu papel, defendendo os interesses da classe trabalhadora. E, muitas vezes, os embates são grandes. Noutras, é preciso buscar a harmonia e a conciliação. Este é um embate eterno, mas que deve sempre ser respeitoso.
Portanto, a campanha da CNI de valorizar a ação sindical patronal é importante e vem em boa hora, quando estamos entrando no início da vigência das novas leis trabalhistas, que demandará muito das entidades classistas patronais e laborais.
Esta campanha deve alcançar não só os empresários, mas a sociedade de um modo geral. Temos, através do Sistema Fieg, um trabalho excepcional desenvolvido pelo Sesi, pelo Senai e o IEL, que alcança milhares de trabalhadores e seus dependentes. E os sindicatos são um dos elos de ligação entre as instituições, os trabalhadores e os empresários que podem e devem usar da enorme gama de serviços à disposição. Temos muito o que mostrar, temos muito o que fazer pela indústria e pelo crescimento de nossa cidade, do nosso estado e do Brasil.
Wilson de Oliveira é presidente da Fieg Regional Anápolis e do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Anápolis (SindAlimentos)