No período, a tipologia representou 65,5% das unidades residenciais comercializadas
O mercado imobiliário movimentou R$ 124 milhões no terceiro trimestre deste ano, no Amazonas. No período, foram comercializadas 429 unidades, sendo que os imóveis de dois dormitórios representaram 65,5% das vendas das unidades residenciais. Os dados fazem parte do Censo Imobiliário Trimestral, divulgado nesta terça-feira (31) pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (SINDUSCON-AM) e pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (ADEMI-AM).
Das 429 unidades comercializadas de julho a setembro, 252 imóveis são do padrão econômico (Minha Casa Minha Vida), 115 dos demais padrões verticais e 64 são unidades horizontais.
Os imóveis de dois dormitórios lideraram as vendas, com 281 unidades comercializadas, ou seja, 65,5% do total de vendas de unidades residenciais do trimestre. Em seguida, aparece a tipologia de três dormitórios com 63 unidades vendidas, o que representa 14,7% dos imóveis residenciais.
A venda de unidades comerciais de dois dormitórios cresceu ao longo dos trimestres do ano. No primeiro trimestre, foram vendidas 131 unidades dessa tipologia, o que representou 48,9% do total de unidades comerciais vendidas. No segundo trimestre do ano, quando foram comercializados 337 imóveis de dois dormitórios, a tipologia representou 64,3% das vendas.
"O imóvel de dois quartos é, historicamente, a tipologia mais vendida no Estado do Amazonas. Normalmente, esses imóveis fazem parte do Padrão Econômico, com menores valores e menores metragens quadradas, tornando-se mais acessíveis financeiramente aos interessados. Essa pesquisa reforça essa tendência", destaca o presidente do SINDUSCON-AM, Frank Souza.
Venda por bairro
Entre os 26 bairros com unidades disponíveis e analisados em sete regiões, o Tarumã Oeste 2 segue liderando o número de vendas. No terceiro trimestre, o bairro vendeu 106 unidades, o que representou 50,7% das vendas. Já o bairro Ponta Negra, que vendeu 56 unidades, liderou o total de valores movimentados – um montante de quase R$ 30 milhões.
“Esse resultado deve-se aos tipos de imóveis que são ofertados na área da Ponta Negra, que tendem a ter os preços mais elevados. Já as unidades do bairro Tarumã, têm os preços mais na média do Padrão Econômico”, explica o presidente do SINDUSCON-AM.
Alvarás
De acordo com o Censo Imobiliário, de janeiro a setembro, a Prefeitura de Manaus liberou 1.572.546 alvarás de construção – documento concedido no início da obra. Desse total, 687.802 alvarás foram para áreas residenciais, 352.81 para áreas comerciais, 163.762 para a indústria e 368.901 para serviços.
A quantidade de alvarás liberados em 2017, até setembro, já ultrapassa o total das licenças concedidas no ano passado, quando a Prefeitura liberou 1.264.481 documentos. O número mais representativo é da área comercial, já que em 2016 foram liberados 155.379 documentos, enquanto que, neste ano, o número já chega a 352.81 licenças.
O número de Habite-se, documento concedido quando a obra é concluída, para unidades comerciais chegou a 362 até setembro de 2017. Em todo o ano passado, o Implurb liberou apenas 73 documentos para essa área.
Mercado cresce em setembro
A movimentação no mercado imobiliário continua dando sinais de crescimento e em setembro deste ano, vendeu mais de 10% a mais que no mesmo período do ano passado. Durante o mês passado, foram comercializados 236 novas unidades, entre imóveis horizontais (casas e terrenos), verticais (apartamentos) e comerciais. Os dados são da Pesquisa de Mercado Imobiliário Setembro/2017, também divulgados nesta terça pela ADEMI-AM e pelo SINDUSCON-AM.
“O crescimento pode parecer tímido, mas trata-se da compra de imóveis, o que gera grande movimentação financeira. O setor está animado com esse aumento, que sinaliza a expectativa de uma movimentação ainda mais expressiva para o ano que vem”, afirma o presidente da ADEMI-AM, o empresário Romero Reis.
Ainda segundo o empresário, outro ponto que deixa o cenário otimista é a queda dos juros. “Este é um dos principais reflexos de uma retomada da estabilidade econômica”, assegurou.
De acordo com o levantamento, as vendas do mês em setembro deste ano registraram um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 74,7 milhões.
O perfil dos compradores também reflete em a retomada do poder de compra, visto que mais de 44% optou pelos imóveis econômicos, que tem o valor entre R$ 250 mil a R$ 400 mil. “São pessoas que esperaram a economia começar a estabilizar para adquirir um imóvel. Estão investindo um dinheiro que foi levantado em um momento de turbulência econômica, mas que agora sentem-se seguras em realizar a compra”, explicou Romero Reis.
Em relação aos imóveis horizontais, a pesquisa aponta que foram vendidas 10 casas e 32 terrenos.
A maioria dos imóveis vendidos (92 unidades) vai demorar entre sete e 36 meses para ficar pronta.